Viseu, cidade ainda mais atractiva
Revista Descla
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A importância de concertar pontos de diversidade
A importância da construção de estratégias concertadas na cidade e na região, sendo preferível “concertar pontos de diversidade e não pontos redundantes”, foi uma das ideias defendidas na sessão “Viseu, cidade ainda mais atractiva” que teve lugar no passado sábado, no Clube de Viseu.
Recorde-se que esta sessão, que contou com cerca de três dezenas de participantes, está integrada na iniciativa “Largo da Se” e é promovida pela PROVISEU e apoiada pela Junta de Freguesia de Viseu no quadro do programa de apoio ao associativismo local.
A sessão contou com a participação de José Costa, Presidente do Instituto Politécnico de Viseu, Paulo Alves, Presidente do Campus Universitário de Viseu do Instituto Piaget e Fernando Mateus, Director da AIRV - Associação Empresarial da Região de Viseu.
No decurso da reunião foram assinaladas importantes e diversas iniciativas em curso na cidade e na região, nomeadamente a participação em redes de cooperação nacional e internacional com diferentes objectivos como, por exemplo, a criação do STAR Institute, centro de tecnologia e inovação, e da Universidade Europeia Eunice, a criação do curso de formação profissional para técnicos de manutenção de aeronaves apresentado pelo comandante João Santos ou a inserção de pessoas com deficiência no tecido empresarial, entre muitas outras.
Foram identificados alguns problemas como o baixo peso de residentes com formação superior, inclusive de empregadores, mas também o avanço não satisfatório da descentralização política ou do mau funcionamento de serviços fundamentais como, por exemplo, aconteceu em alguns serviços de saúde. Por outro lado, foram apontados caminhos que importa desenvolver como, por exemplo, uma maior ligação entre as instituições de formação e as empresas que poderia sair de uma estratégia concertada de estágios profissionais, a continuação da reivindicação da ferrovia no sentido de não deixar esta região para trás ou mesmo da transformação do “velho” IP3 e da ainda mais antiga reivindicação de Viseu para a criação da Universidade Pública que se espera venha a ser uma realidade com a passagem do IPV a Universidade Politécnica, reivindicação que importa seja assumida por todos. Igualmente importante é o caminho das parcerias institucionais para a fixação e criação de empresas tecnológicas e a retenção de talento.
Dada a importância deste assunto para a cidade e para a região o debate deveria ser alargado a outros parceiros e a outros assuntos que ou não foram abordados nas cerca de três horas que durou a reunião ou foram-no de forma insuficiente. Ficou por aprofundar a questão relativa à relação entre as empresas e as entidades de formação e de investigação, o turismo foi apenas brevemente aflorado, bem como o potencial de Viseu como centro promotor e de valorização dos produtos endógenos desta vasta região do interior ou as questões da mobilidade na cidade e intra-regional, factor fundamental para a coesão interna. Viseu, cidade ainda mais atractiva garantindo a elevada qualidade de vida que a caracteriza.
O testemunho de uma família residente em Viseu originária do Brasil assinalou o final da reunião e marcou a natureza atractiva da cidade que é capaz de acolher quem a procura. Também esta intervenção serviu para mostrar a importância de Viseu continuar este trabalho de cidadania capaz de juntar cada vez mais parceiros e diferentes perspectivas para os debates necessários sobre o desenvolvimento da nossa cidade e da nossa região.
