Santo António, o “santo de todo o mundo”

Santo António, o “santo de todo o mundo”
Ilustração: Nuno Saraiva

Os livros continuam a afirmá-lo natural de Lisboa, cidade onde terá nascido em 1190, mas os registos dessa época não são os mais fiáveis. Se estiverem certos, António de Lisboa terá visto pela primeira vez a luz do dia junto à Sé Catedral, onde fica o museu com o seu nome. Agostinho e depois franciscano, foi frade, estudou teologia, tornou-se doutor da igreja e exerceu em Pádua, onde acabaria por morrer em 1231, sendo canonizado pouco depois.

O padroeiro de Lisboa é tão amado como Santo que até os italianos o reivindicam para si. O terramoto de 1755 danificou a igreja com o seu nome e alguns rapazes vieram para a rua pedir fundos para a sua reconstrução. Terá sido por essa altura que nasceu a tradição de fazer tronos ao santo, inicialmente réplicas do altar daquele templo e inspiradas nas cascatas nortenhas. Já no século XX, o concurso chegou a ser promovido por jornais como o Diário Popular como uma forma de incentivar a comunidade a construir o trono mais admirável.