Sustentabilidade ambiental voltou a integrar o cartaz do festival MED'23

Sustentabilidade ambiental voltou a integrar o cartaz do festival MED'23
Fotografia: D.R.

Não é só de música e de artes que vive o Festival MED. Na sua 19ª edição, a marca de sustentabilidade esteve mais do que nunca presente e, a par das boas práticas que têm sido implementadas ao longo dos anos, pela primeira vez os ODS – Objectivos de Desenvolvimento Sustentável para a Agenda 2030 das Nações Unidas foram introduzidos no evento.

O MED comprometeu-se, através das várias iniciativas, em contribuir para os 7 ODS que foram definidos à partida pela organização, quer no campo do ambiente, como na área social ou económica: igualdade de género (ODS 5), trabalho digno e crescimento económico (ODS 8), reduzir as desigualdades (ODS 10), cidades e comunidades sustentáveis (ODS 11), produção e consumo sustentáveis (ODS 12), acção climática (ODS 13) e parcerias para a implementação dos objectivos (ODS 17).

O conhecimento do público sobre os ODS foi “testado” numa espécie de quiz, e os participantes tiveram direito a prémios ao girar a roleta dos ODS. Uma forma lúdica e ao mesmo tempo didáctica de colocar as pessoas a par do que são estas metas e o seu impacto.

“Demos aqui o nosso contributo para o desenvolvimento global e para um futuro melhor para todos nós. São estas pequenas acções que fazem a diferença, sejam elas a preocupação com a reciclagem e a devida deposição dos resíduos e a redução da sua produção, como também o desperdício alimentar ou a elaboração de um cartaz artístico que reflecte a multiculturalidade e uma verdadeira igualdade em termos de género, orientação sexual ou crença dos artistas participantes”, refere o director do evento, Carlos Carmo.

A Novo Verde – Sociedade Gestora de Resíduos de Embalagens, responsável pela recolha, valorização e/ou reciclagem de embalagens e resíduos de embalagens. associou-se este ano ao MED para sensibilizar os visitantes para a correcta deposição e separação dos resíduos. 12 ecopontos humanos preencheram o recinto para incentivar a entrega selectiva de embalagens com o objectivo de aumentar a quantidade e a qualidade dos materiais encaminhados para reciclagem. Esta foi uma importante acção de sensibilização e educação ambiental, que surpreendeu pelo impacto gerado com a presença dos ecopontos móveis.

O reforço ao nível da contentorização foi sem dúvida notório: não só os contentores para deposição selectiva de resíduos, nos mais diversos formatos, mas também ecopontos e papa chicletes contribuíram para a correcta deposição, respectivamente, de beatas e pastilhas elásticas, além das papeleiras inteligentes compactadores, alimentadas a energia solar.

Por outro lado, ao longo de todo o recinto foram disponibilizados bebedouros, evitando o uso de garrafas de plástico. O copo ecológico MED reutilizável, que surgiu em 2014, voltou a estar na mão dos visitantes, tal como, nos espaços de restauração, as comidas foram servidas nos pratos e talheres em materiais biodegradáveis. Foram toneladas de resíduos de plástico que, deste modo, não foram produzidos, mitigando de forma significativa o plástico acumulado.

No âmbito do Zero Desperdício by Dariacordar, técnicos de acção social do Município e voluntários recolheram 897 refeições, evitando que fossem para o lixo. As refeições “salvas” foram doadas à Associação Existir e redistribuídas pelas famílias em situação de maior vulnerabilidade do concelho.

Além, desta componente social, esta iniciativa permitiu evitar 448 kg de resíduos e a emissão de perto de 2 toneladas de CO2.

Nota ainda para a presença dos incubados do Loulé Design Lab que, através do projecto Infinity, foram desafiados a produzir elementos decorativos a partir de resíduos. O resultado foram peças deslumbrantes e originais que ganharam vida em espaços como a área dedicada a receber a imprensa e convidados. Criatividade aliada à sustentabilidade para dar beleza e funcionalidade ao Festival, através do reaproveitamento de lonas publicitárias, garrafas, rolos de cartão e muito mais.