Sintra festeja o Carnaval “à antiga”
Viajar até ao século XVIII no Palácio Nacional de Queluz e viver numa quinta saloia são duas propostas de Carnaval em Sintra.
Século XVIII. O Palácio Nacional de Queluz é a residência de verão de D. Pedro de Bragança, consorte de D. Maria I, tornando-se depois espaço de lazer e entretenimento da Família Real, que o habita em permanência até à partida para o Brasil em 1807, após as invasões francesas. É este ambiente mágico do palácio e dos seus jardins, essa ligação harmoniosa entre paisagem e arquitectura cortesã, que no dia 28 de Fevereiro recebe um Carnaval “à antiga”. Num ambiente festivo e de grande criatividade, os participantes são convidados a viajar até ao século XVIII, acompanhados por personagens da época, e a participar num atelier de máscaras. Segue-se um momento de música e dança setecentis- tas num dos antigos salões de festas do palácio.
O “Carnaval no Palácio Nacional de Queluz” destina-se a famílias com crianças a partir de seis anos e é uma das actividades com que a empresa Parques de Sintra, que gere o palácio, celebra a época festiva. Dois dias antes, a 26 de Fevereiro, a Quintinha de Monserrate desafia as famílias a vestirem-se a rigor e a descobrirem como se vivia antigamente no espaço rural da região saloia, em plena serra de Sintra. Na companhia de monitores trajados à época, os foliões aprendem a fazer pão de modo tradicional e, enquan- to este coze no forno, ajudam nas tarefas do dia-a-dia numa quinta: recolher os ovos no ga- linheiro, dar cenouras aos animais do cercado, passar pelo pomar e pela horta para conhecer os frutos e vegetais da época e, na zona das aromáticas, reconhecer as plantas dos chás e dos temperos com a ajuda do nariz. Se o tempo não ajudar, o divertimento passa para dentro de portas com a realização de um atelier de máscaras/pinturas faciais. A iniciativa é dirigida a famílias com crianças entre os quatro e os dez anos e ter- mina com a degustação de pão quentinho…
Mas como Fevereiro não vive só de Entrudo, durante este mês as famílias podem ainda tentar descobrir “O Tesouro do Rei”, seguindo pistas e re- solvendo enigmas no Palácio Nacional de Sintra (dia 19), assistir a demonstrações de arte equestre no Picadeiro Henrique Calado (24) ou aprender que os burros são, afinales- pertos, meigos, não dão coi- ces nem mordem. Segue-se um passeio pela floresta: as crianças montam e os adultos conduzem os animais à mão (todos os sábados na Tapada D. Fernando II).