«Porque é infinito», de Victor Hugo Pontes, no Teatro Virgínia

«Porque é infinito», de Victor Hugo Pontes, no Teatro Virgínia
Fotografia: D.R.

A partir de uma releitura contemporânea de «Romeu e Julieta», o clássico de Shakespeare, Victor Hugo Pontes vai fundir, na sua singular linguagem coreográfica, palavra e movimento. O espectáculo de dança «Porque é infinito» sobe ao palco do Teatro Virgínia no próximo sábado, dia 29 de Abril, a partir das 21h30. Os bilhetes têm o custo de 7,5 euros, sendo aplicáveis descontos.

Como falar sobre um amor que se quis infinito, mas redundou em tragédia? Já sabemos como tudo acaba. Mas saberemos contar o começo? Este é um espectáculo sobre formas de contar uma história que já se ouviu mil vezes, e de dizer «para sempre» ou «porque é infinito», no remate da frase que descreve o quanto amamos. Verbo difícil de definir, este «amar». «Isso é exactamente o quê?», pergunta uma das pessoas com quem falámos sobre isto; enquanto outro inquirido responde: «Eu sei tudo sobre o amor». Dúvidas e certezas, e a adolescência como pano de fundo – um tempo de excessos e madrugadas longas, nas quais se convida o amor, mas também a morte, para entrar no quarto dos que descobrem pela primeira vez um turbilhão de sentimentos.

«Porque é infinito» renova a parceria entre Victor Hugo Pontes e Joana Craveiro, autora do texto, o qual tem por base uma pesquisa documental, afectiva e poética, colocando um texto canónico nos dias de hoje e olhando-o a partir daqui, constituindo também uma reflexão sobre a linguagem que usamos para falar sobre tudo isto.

Victor Hugo Pontes nasceu em Guimarães, em 1978. É licenciado em Artes Plásticas – Pintura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Em 2001, frequentou a Norwich School of Art & Design, Inglaterra. Concluiu os cursos profissionais de Teatro do Balleteatro Escola Profissional e do Teatro Universitário do Porto, bem como o curso de Pesquisa e Criação Coreográfica do Fórum Dança. Como criador, a sua carreira começa a despontar a partir de 2003 com o trabalho Puzzle. Desde então, vem consolidando a sua marca coreográfica, tendo apresentado o seu trabalho por todo o país, assim como em Espanha, França, Itália, Alemanha, Rússia, Áustria, Países Baixos, Brasil, entre outros. É, desde 2009, o director artístico da Nome Próprio – Associação Cultural.