Pensar as geografias e as deslocações pelo tempo e espaço em concerto no Teatro Viriato

Pensar as geografias e as deslocações pelo tempo e espaço em concerto no Teatro Viriato

No âmbito do ciclo Andar a Pé. Walking on Sunshine, o Teatro Viriato recebe o concerto “O tempo de cima, o tempo de baixo ou o mundo está a girar”, de Mariana Camacho com Rodrigo Camacho e Sara Rodrigues, no dia 08 de julho, às 19h30. 
O que tem o passado a dizer sobre o presente ou o presente sobre o futuro? O que tem uma canção tradicional grega a dizer sobre quem cresceu no Atlântico? Poderá o subalterno das cidades rever-se na ceifeira?   
Com o objectivo de reflectir sobre a relação do ser humano com o mundo através da sua deslocação pelo espaço e tempo e a diferença entre realidades geográficas, Mariana Camacho propõe o concerto “O tempo de cima, o tempo de baixo ou o mundo está a girar”. Uma encomenda do Teatro Viriato no âmbito do ciclo Andar a Pé. Walking on Sunshine, que resulta num concerto onde intérpretes e público se juntam para uma viagem intimista em palco. 
Mariana Camacho apresenta o resultado do trabalho a solo que tem vindo a desenvolver: um entrelaçar entre canções originais, temas de cancioneiros de raiz tradicional, focados em cantigas de trabalho e migração, e ecos das suas influências, da música antiga à música electrónica, música tropicalista e música pop. 
Munindo-se de teclas, voz e loops, assim como de samples e entrevistas dispersas, o coro-orquestra de Mariana faz-se acompanhar de Rodrigo Camacho, compositor premiado com um British Composer Award, e Sara Rodrigues, mestre em Música seleccionada para Junior Fellows na Universidade Goldsmiths, para nos trazer a palco o espectáculo em estreia absoluta.   
Através do cruzamento e contaminação sonora, visual e textual, o trio propõe em “O tempo de cima, o tempo de baixo ou o mundo está a girar” uma viagem e reflexão sobre as linhas que atravessam e os pontos que intercede, o urbano e o rural, o local e o global, o real e o onírico, o bem e o mal… conceitos antagónicos que se pretendem expandir e aproximar com o objectivo de fazer com que o espectador se lembre que antes de serem inventadas as sociedades, éramos todos apenas natureza.