"Mississipis" de António-Pedro estreia nas salas de cinema a 26 de Junho

Filmado ao longo de 10 anos em residências da coreógrafa Filipa Francisco com grupos folclóricos, o documentário constrói um manifesto sobre o encontro
"Mississipis", filme realizado por António-Pedro, estreia nas salas de cinema portuguesas no dia 26 de Junho.
No interior de Portugal, grupos de desconhecidos encontram-se numa viagem artística e existencial: a criação de um espectáculo que cruza diferentes expressões culturais. O realizador, parte integrante destes encontros, convoca memórias, diálogo com a vida e espreita para o insondável de si próprio e de cada personagem. Filmado ao longo de uma década, entre 2011 e 2021, "Mississipis" é um retracto de "A Viagem", um projecto artístico da coreógrafa e bailarina Filipa Francisco, que une dança contemporânea e dança tradicional portuguesa.
Este não é um filme sobre um processo artístico no sentido tradicional. É sobre o que acontece quando colocamos pessoas diferentes a conviver juntas, a ouvir-se, a mover-se, a partilhar o corpo — um corpo que dança, que consegue e não consegue, que trabalha, que se diverte, que deseja, que se transforma. É, acima de tudo, um filme sobre o encontro — com o outro e consigo próprio — e sobre o seu poder vital e transformador”, conta António-Pedro.
"Mississipis", que resulta de uma coprodução entre a Terratreme Filmes e a Companhia Caótica, é a primeira longa-metragem do realizador, autor de "O homem da bicicleta – Diário de Macau" (Melhor Documentário nos Caminhos do Cinema Português), "Carta Branca"e "Nzila Ngola" (Melhor Curta FESTin) entre outros filmes, videoclips e instalações, presentes em museus e festivais e que compôs cerca de 50 bandas-sonoras, para filmes de Ivo M. Ferreira, Leonor Noivo, Cláudia Rita Oliveira, Margarida Leitão ou Edgar Medina.