"Pela justiça interseccional, contra a opressão estrutural"
“Pela justiça interseccional, contra a opressão estrutural” é o mote da 6.ª Marcha de Viseu Pelos Direitos LGBTQIA+, que se realiza a 14 de Outubro.
Continuamos a assistir a um crescendo do conservadorismo e da extrema-direita em Portugal, na Europa e no Mundo, com um programa e narrativas que alimentam a discriminação, o discurso de ódio e que viola os direitos humanos, em múltiplas formas. As pessoas sofrem diferentes formas de opressão e discriminação que se reforçam, como o racismo, o sexismo, o capacitismo, a orientação e características sexuais, entre outras. Esta opressão é estrutural, é imposta por um sistema que ignora, invisibiliza, hierarquiza e mercantiliza as diferenças, criando narrativas que criam estigma e medo. Vivemos ainda num sistema que cria diferentes níveis de desigualdade, em que a sociedade civil precisa de valorizar e respeitar a diversidade entre todas as pessoas.
Ainda muito está por fazer nas escolas, nos municípios, no acesso à habitação, a cuidados de saúde e ao tratamento igual no local de trabalho. Ainda há muito a fazer no combate às ideias fascizantes que se criam na boca da extrema-direita populista.
Lutamos por isso contra as várias formas de opressão e de exploração.
Marchamos pela necessidade de uma justiça interseccional, que seja inclusiva e que reconheça e lute contra as múltiplas formas de violência e opressão que as pessoas LGBTQIA+ enfrentam, pelas suas identidades e expressões de género e características sexuais.
A luta contra esta opressão estrutural deve ser feita de variadas formas, sendo uma delas as acções de rua da luta cidadã, com marchas politizadas. E a marcha de Viseu é uma marcha política.
A força transformadora das marchas tem vindo a ocupar as ruas em Portugal, desde 2000, agora em 27 cidades, que lutam com consciência e resistência pela liberdade e igualdade.
Dia 14 de Outubro, em Viseu, celebramos as conquistas legais na sociedade portuguesa para com pessoas LGBTQIA+, (re)afirmamos a nossa existência e exigimos respeito pelas nossas vidas, que continuam a ser postas em causa todos os dias.