Maria do Vale Cartaxo apresenta livro "Crónicas dum naufrágio anunciado”

Maria do Vale Cartaxo apresenta livro "Crónicas dum naufrágio anunciado”
Fotografia: D.R.

A partir das 18h00 de 16 de setembro, a Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes vai receber a apresentação do livro "Crónicas dum naufrágio anunciado”, com a presença da autora, Maria do Vale Cartaxo.

Segundo a sinopse da obra, “o naufrágio anunciado é o de uma velha casa de família - uma jangada de pedra e cal - que vai ser demolida para dar lugar a um prédio de muitos andares (metáfora do Algarve atual, em que a sua paisagem e alma são sacrificadas ao altar venal do turismo). De veraneio na velha casa, pela última vez, estão um adolescente (a tentar compreender-se e ao mundo que é o seu), a sua mãe (cujo casamento se afunda) e a avó (que nasceu naquela casa, que ama, e teme naufragar com ela).”

Maria do Vale Cartaxo, nascida em Portimão, deu a volta ao mundo e navegou pelos oceanos Atlântico, Índico, Pacífico e outros mares, tendo contornado o continente africano pelo Cabo da Boa Esperança, com paragens no Senegal, África do Sul e Quénia. Aportou em Bombaim, ancorou no Ceilão, arribou em Malaca, navegou até Macau, viajou por Taiwan e desembarcou em Nagasaki, no Japão.

Sobre duas rodas, percorreu numa mota com o seu marido, Christopher Gosden, milhares de quilómetros desde Singapura, através da Malásia e da Tailândia, até ao Laos e Camboja, a que seguiu uma viajem em autocaravana por todo o continente americano, desde o Canadá ao Chile, cruzando a Argentina e fixando-se no Brasil.

Para lá de todos os lugares que conheceu em quatro continentes, dos Alpes aos Andes, dos glaciares canadianos ao deserto de Atacama e à floresta amazónica, a autora morou em Salzburg, Colombo, Bangkok, Hong Kong, Tóquio, Porto Alegre e Rio de Janeiro, onde trabalhou em missões diplomáticas, empresas multinacionais, escolas e como tradutora free-lance.

Depois de regressar à sua terra, passou a residir perto de Alvor, com vista para o mar que tanto ama, tendo sido a primeira agraciada com o Prémio Manuel Teixeira Gomes, instituído em 1999 pela Câmara de Portimão, com o conto “A viagem”, o mesmo sucedendo em 2002 com a novela “O legado de Mrs. Baker” e, em 2006, com o conto “O sétimo dia”.

 

Publicou ainda os romances “Três diários de bordo em rota de naufrágio” (2003) e “O dia não” (2008).