Exposição Trajes de Ofícios Antigos – Bonecos Vestidos por Isolete Pereira na Biblioteca Municipal

Exposição Trajes de Ofícios Antigos – Bonecos Vestidos por Isolete Pereira na Biblioteca Municipal
Fotografia: D.R.

Vai estar patente na Biblioteca Municipal de Cantanhede, até ao próximo dia 30 de Setembro, a exposição Trajes de Ofícios Antigos – Bonecos Vestidos pela artista Isolete Pereira. Constituída por várias dezenas de bonecas e bonecos vestidos pela artesã, na mostra estão representadas várias profissões antigas que existiram no concelho e que caíram em desuso.

A exposição Trajes de Ofícios Antigos – Bonecos Vestidos exibe representações do vestuário do agricultor, alfaiate, carvoeiro, cesteiro, costureira, lavadeira, leiteiro, moleiro, padeira, parteira, pastor, peixeira, sapateiro, tremoceira, vendedora de areia, da romeira da Nossa Senhora de Vagos, de antigamente, entre outros.

O vestuário dos bonecos são recriações das roupas usadas em algumas antigas profissões relacionadas com a lavoura e a pesca e relatam costumes de outros tempos e algumas histórias verídicas, vivenciados pela artesã.

Maria Isolete da Cruz Oliveira Pereira nasceu em 1938, em Lírios, Cantanhede. Com a avó e a tia, a quem tratava carinhosamente por “colega”, viveu até aos vinte anos, aprendeu a arte da costura e ouviu muitas histórias de vida.

Depois de casar, rumou até Angola, onde viveu com o marido e os quatro filhos. Aí, a sua vida profissional foi dedicada à costura, profissão que desde menina a encantou. 

De regresso a Portugal, em 1975, fixou-se na sua terra natal, Lírios. Nessa fase da sua vida, complementou a actividade de costureira com a de pequena agricultora, vendendo legumes e frutas que produzia, em feiras, mercados e praias da região.

Em 2018, participou na Feira do Pão e da Broa, nas Franciscas, expondo os seus trabalhos de artesanato: bonecas e bonecos vestidos com réplicas de trajes usados nas profissões tradicionais da região de Cantanhede. A artesã foi buscar às lembranças que guardou dos tempos de menina e às histórias contadas pela avó, as roupas que viu usar a algumas figuras locais, quando se dedicavam aos seus labores.

Isolete Pereira usa a sua arte manual para dar a conhecer a forma como outrora os habitantes do concelho se vestiam, em dias de trabalho ou de festa.