De Viseu para o país e mundo, “Tinto no Branco” triunfou no formato online

De Viseu para o país e mundo, “Tinto no Branco” triunfou no formato online
A 6ª edição do “Tinto no Branco” de Viseu, realizada em formato digital, reforçou o seu auditório internacional, conquistando uma especial ligação com países da comunidade lusófona como o Brasil e Angola.
 
Desde sexta-feira e o final do dia de ontem, 7 de Dezembro, os vídeos das 14 actividades realizadas registavam já 35 mil visualizações, em directo e diferido, tirando partido da distribuição multi-canal e das parcerias criadas com projectos culturais, instituições ou livrarias, como o Centro Nacional de Cultura (Portugal) e o festival “Sempre um Papo” (Brasil).
 
“A aposta digital é vencedora e deverá continuar”, considera António Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Viseu, entidade organizadora do festival.
 
“A digitalização do evento permitiu mantê-lo no difícil contexto da pandemia, mas também ampliar o seu auditório e a sua influência temporal. O modo online deverá combinar-se no futuro com a sua realização presencial”, sustentou o Presidente da Câmara.
 
O facto de o festival assumir uma vertente 100% digital permitiu captar novos espectadores, não só a nível nacional, mas sobretudo internacional, alcançando três continentes e públicos residentes em países como Brasil, Angola, Noruega ou Bélgica.
 
“O ‘Tinto no Branco’ consolidou a sua posição no mapa nacional e lusófono dia festivais literários. É hoje uma referência incontornável, com um carácter distintivo”, explicou o Vereador da Cultura e Turismo, Jorge Sobrado.
 
“30 por cento do auditório desta edição é de Viseu, concelho e região, mas mais de metade corresponde a públicos não residentes, indicador promissor para a retoma do turismo cultural no próximo ano”, avançou. “A região de Lisboa foi líder e representa quase 40% do público da edição.”
 
Os indicadores recolhidos permitem ainda concluir que a influência do festival é especialmente preponderante no público feminino, na faixa etária entre os 45 e os 54 anos.
 
Em 2020, as histórias, os testemunhos e as experiências em torno da literatura e da poesia, do cinema e da fotografia, do teatro e da televisão, da gastronomia e dos vinhos, reuniram 34 convidados, entre autores, artistas e moderadores, com uma plateia “virtual” de fiéis fãs e leitores, mas também com novos curiosos e amantes deste universo artístico multidisciplinar.
 
Neste que é o único festival simultaneamente literário e vínico do país, a edição deste ano fica ainda marcada pela participação da aclamada crítica de vinhos britânica Jancis Robinson, que se declarou “fã dos vinhos do Dão”, destacando o potencial de castas regionais como o Encruzado e a Touriga Nacional.
 
Na sua estreia no “Tinto no Branco”, para uma entrevista de vida conduzida por Tito Couto, o actor brasileiro Antonio Fagundes conquistou as audiências, com 3700 visualizações. Logo a seguir, as actrizes Patrícia Pillar e Rita Blanco, numa mesa de debate moderada por Helena Teixeira da Silva, registaram 3400 visualizações. Estes foram igualmente dos momentos do programa que mais suscitaram a interacção e participação em directo por parte do público.
 
Ainda no “top 3” de visualizações, figura a apresentação da colecção “Viseu Sabe Bem”, edição do Município de Viseu, da autoria do investigador Alberto Correia. A apresentação ao público dos 12 fascículos – que são à data o mais importante referencial documental, escrito e fotográfico, sobre o património gastronómico de Viseu – reuniu 3200 visualizações. Uma conversa que juntou em torno da mesa o Chef Diogo Rocha e o historiador Luís Fernandes, com a moderação de Jorge Sobrado.
 
A maioria das sessões dos “encontros literários” foram transmitidas em directo, com os convidados, a partir da Casa do Miradouro, em Viseu.
 
Por outro lado, o festival foi ainda o palco da primeira apresentação do projecto e livro fotográfico “A Voz do Dão”, um registo visual inédito e sem filtros do Dão vinhateiro, da sua região, dos seus costumes e das suas gentes, realizado pelos fotojornalistas Adriano Miranda e Nuno André Ferreira, com a chancela da Gráficos Associados, brevemente à venda nas livrarias.
 
No palco virtual do “Tinto no Branco”, Dionísio Vila Maior e Jorge Marques, dois autores viseenses, apresentaram as suas mais recentes obras literárias, “Orfeu Sem Mim” e “Mar de Guitarras”, respectivamente. Também Luís Belo, artista de Viseu, dinamizou um workshop online de “Fotografia para Instagram” que contou com uma adesão e participação entusiástica por parte do público.
 
Todos os momentos do “Tinto no Branco” podem ser revistos online, nas páginas de Facebook do Município de Viseu e Visit Viseu, assim como no site do evento, em www.tintonobranco.pt.