Brasil, aqui. Roda de Ativistas este domingo em Viseu

Brasil, aqui. Roda de Ativistas este domingo em Viseu
No âmbito do programa da Sementeira, será dinamizada uma Roda de Activistas este domingo na Rua das Ameias (perto da Praça D. Duarte no centro histórico de Viseu) pelas 15H00, com o nome “Brasil, aqui.”
 
Estarão presentes activistas, associações e movimentos para uma conversa que terá como ponto de partida os problemas políticos, sociais e ambientais do Brasil e, como tema para debate, como encorajar o papel activo dos brasileiros e brasileiras que cá vivem.
 
O objectivo é incentivar e proporcionar um momento para uma reflexão mais aprofundada sobre o papel activista que a comunidade brasileira pode ter e assumir em Portugal e em Viseu, onde tem vindo a crescer nos últimos anos.
 
Estão confirmadas as presenças do Colectivo Andorinha, do colectivo Queer Tropical, da activista Michele Mara, da associação Olho Vivo e da SOS Racismo, mas o debate será alargado a todas as pessoas presentes.
 
O Colectivo Andorinha será representado pela Samara Azevedo, actriz, performer multimedia e doutorada em Belas Artes pela Universidade de Lisboa. É membro do Colectivo Andorinha - Frente Democrática Brasileira de Lisboa, que denuncia a situação política do Brasil desde o golpe de 2016.
 
Allan Barbosa estará em representação do colectivo Queer Tropical. Brasileiro residente na cidade de Aveiro em Portugal, licenciado em Ciências Sociais pela PUC Minas (Brasil), frequenta actualmente o Mestrado em Ciência Política da Universidade de Aveiro (Portugal) no ramo de Políticas Públicas. É activista dos direitos LGBTQIA+ e membro, além do Queer Tropical, do colectivo Aveiro Sem Armários.
 
A activista Michele Mara é cantora, musicoterapeuta na área social, com um trabalho exclusivo com mulheres negras e vítimas de violência. Tem o prémio de Personalidade Afro-Paranaense pelo trabalho realizado com a população negra através da Marcha do Orgulho Crespo em Curitiba e integrante da Organização Nacional da Marcha.
 
O Núcleo de Viseu da Associação Olho Vivo presta apoio a imigrantes, agora maioritariamente indianos e brasileiros. Participou em 2018 na Vigília de Homenagem a Marielle Franco e, no mesmo ano, no âmbito da Plataforma Já Marchavas, no Encontro Pela Democracia, Contra o Ódio no Brasil. Está solidária com o povo brasileiro que resiste em defesa da democracia e, em particular, com os povos indígenas do Brasil em luta contra a política de “genocídio, etnocídio e ecocídio” do governo de Bolsonaro. A representação será feita por Carlos Vieira.
 
A SOS Racismo, pela voz de Graça Marques Pinto, também responsável pelo Encontro Pela Democracia Contra o Ódio no Brasil de 2018, propõe dar um contributo para a prossecução do objectivo de reforçar pontes com brasileiras e brasileiros residentes em Viseu e dinamizar iniciativas conjuntas. A luta de activistas brasileiros contra os atentados aos direitos humanos e ao ambiente é também a sua luta. Bolsonaro e o seu governo norteiam a acção política pelo mesmo ideário dos grupos neonazis e fascistas que em Portugal perpetram crimes de ódio racial e ameaçam de morte activistas dos direitos humanos. O inimigo é comum e a roupagem populista com que muitas vezes se mascara não pode iludir-nos. É neste seguimento que a activista considera que contra um inimigo comum impõe-se acção conjunta.