Artistas macaenses reflectem sobre a história e o território em "Terra Suspensa"

Artistas macaenses reflectem sobre a história e o território em "Terra Suspensa"
O Museu do Oriente abre ao público “Terra Suspensa”, a 16 de Outubro, uma exposição colectiva que mostra a visão de quatro artistas macaenses sobre a história do seu território, definitivamente marcada pela transferência de soberania, em 1999, de Portugal para a China.
Para quem testemunhou e viveu a mudança, incluindo os artistas participantes, o sentimento comum é que se habita hoje uma área cinzenta, entre o preto e branco, com alguns a olharem saudosos para o passado e, outros, ansiosos por um novo futuro. Nascidos entre as décadas de 70 e 90, os quatro artistas convidados cresceram em diferentes contextos, mas todos vivenciaram, ainda que de formas distintas, o período que antecedeu e se seguiu à transferência.
A fotografia da artista Sharna Lam registou a alimentação para animais domésticos - ratos congelados, o que expressa um destino inexorável. Por outro lado, o artista Eric Fok sentiu que o tempo voa rapidamente, pelo que representou o antigo mapa de Macau para registar a história inalterável. Os dois outros artistas, Leong Chi Mou e Wong Ka Long, partilham uma sensação aguda de impotência relativamente aos seus futuros incontroláveis. As pinturas a óleo de Leong Chi Mou reúnem elementos diferentes para exprimir o seu reflexo na sociedade actual, ao passo que os capacetes e relevos de Wong Ka Long, representam o dilema entre o passado e o futuro.
“Terra Suspensa” está patente até 17 de Janeiro de 2021, no Museu do Oriente.