António Jorge Gonçalves e Filipe Raposo propõem viagem de descoberta por “O Nascimento da Arte”

António Jorge Gonçalves e Filipe Raposo propõem viagem de descoberta por “O Nascimento da Arte”
Fotografia: Alfredo Rocha

No âmbito do projeto “O Nascimento da Arte”, António Jorge Gonçalves e Filipe Raposo apresentam, no dia 15 de outubro, às 21h00, no Teatro Viriato, um concerto usando duas ferramentas tecnológicas marcantes da História, o piano e a caneta digital.

“O Nascimento da Arte” é um projeto de longo curso de António Jorge Gonçalves e Filipe Raposo centrado no estudo e na análise dos primeiros vestígios de arte espalhados pelo mundo. Um projeto que tem levado os artistas a residências em lugares como Foz Côa, Dordogne e Cantábria.  

“Um dia o Filipe Raposo levou-me a ver as gravuras do Vale do Côa. E eu fiquei muito entusiasmado. A partir daquele momento demos início a inúmeras horas de conversa que nos levaram a esta questão: Será que os motivos que levaram aquelas pessoas a fazer aquelas gravuras há 30 mil anos são os mesmos que nós temos para fazer o que hoje fazemos. Esta pergunta levou-nos à descoberta daquilo a que chamámos “O Nascimento da Arte”, explica António Jorge Gonçalves, que admite que foram mais as perguntas que ambos os artistas levantaram do que as respostas que encontraram.

Promovendo um diálogo íntimo entre o desenho digital em tempo real e o piano tocado ao vivo, e assumindo um ambiente de improvisação e espontaneidade, constroem uma viagem de descoberta sobre a cultura humana. Este concerto convida o público a entrar numa viagem que parte do Vale do Côa e segue à descoberta de vestígios artísticos espalhados pelo mundo. 

“Com o concerto pretendemos no fundo mostrar o que nós hoje fazemos e que talvez isso seja a nossa versão das gravuras rupestres. Ou seja, as pessoas há 30 mil anos desenhavam nas pedras, atualmente nós desenhamos e tocamos no palco de um teatro”, refere, salientando que ao longo do concerto irão partilhar o contexto e processo de criação de ambos.

Tanto a música, como o desenho são das formas mais antigas de criação artística e, que de acordo com António Jorge Gonçalves, “mexem mais diretamente com as emoções”. “Por isso, deixo o convite a todos para virem fazer uma viagem aos nossos antepassados, aos nossos princípios”.

Os bilhetes já se encontram à venda na bilheteira, no site do Teatro Viriato e na BOL