8.º Festival Jazz da Marinha Grande em Novembro

8.º Festival Jazz da Marinha Grande em Novembro
Fotografia: D.R.

A Câmara Municipal da Marinha Grande promove a 8.ª edição do Festival Jazz da Marinha Grande, no próximo mês de novembro, na Casa da Cultura Teatro Stephens e que, mais uma vez, conta com uma programação diversificada.

A direção artística do Festival está a cargo do músico e maestro César Cardoso, que assume esta função desde 2015, e defende “o papel fundamental que a programação deste tipo de evento desempenha na aproximação do público à música jazz de qualidade”.

César Cardoso explica que “a abertura do festival acontece no dia 4 de novembro e está a cargo do grupo “Alma Nuestra” que conta com Salvador Sobral na voz, seguindo-se o concerto do guitarrista Afonso Pais que irá apresentar o seu mais recente álbum “O que Já Importa”, no dia 5”.

No segundo e último fim de semana do festival, “teremos a apresentação do disco “Lost in Translation” do contrabaixista André Carvalho e terminamos esta edição com a cantora portuguesa residente na Holanda, Maria Mendes que se apresenta em exclusivo no festival”.

A programação do 8.º Festival Jazz da Marinha Grande é a seguinte:

 

4 de novembro . sexta . 21h30

FESTIVAL JAZZ DA MARINHA GRANDE | ALMA NUESTRA

Sinopse

“Alma Nuestra” é uma banda criada pelos dois amigos Salvador Sobral e Victor Zamora que partilham uma paixão pelos doces sons da América Latina e, em simultâneo, pelo jazz. Chamaram outros dois companheiros e deram uma volta às já bem conhecidas e intemporais canções de Cuba, Argentina e de outras terras sul americanas reinventando-as e tornando-as únicas e pessoais.

“Na vida fui passando por várias obsessões musicais temporárias: Stevie Wonder na infância, Hip-Hop na adolescência, mais recentemente a Chanson Française, etc. Todavia, existem duas correntes musicais que, depois de terem entrado na minha vida, não mais me abandonaram - o Jazz e a Música Cubana. Ora, numa bela noite de Primavera lisboeta conheci, no "Onda Jazz", um verdadeiro filho destas duas sonoridades, Victor Zamora, pianista cubano com colcheia de jazzman, que viria a revelar-se o cúmplice idóneo para criar um projeto que juntasse estas duas paixões. E assim foi, “Alma Nuestra” foi crescendo a par com a nossa amizade. Sentávamo-nos os dois ao piano e dávamos início ao nosso processo criativo: pegar num bolero antigo e destruí-lo completamente, sem vergonha nenhuma na cara.  Mais tarde juntaram-se outros dois parceiros a este crime tropical - Nelson Cascais e André Sousa Machado que, com as suas ideias cheias de sensibilidade e musicalidade, trouxeram o que faltava para definir a identidade desta alma nossa.”

Salvador Sobral

 

Ficha Artística:

Salvador Sobral – voz

Victor Zamora – piano

Nelson Cascais – contrabaixo

André Sousa Machado – bateria

 

Duração – 60m aprox.

Classificação Etária – M6

Preço – 5€

 

5 de novembro . sábado . 21h30

FESTIVAL JAZZ DA MARINHA GRANDE | AFONSO PAIS - “O Que Já Importa”

Sinopse

O Blues é a memória animada mais antiga que tenho. Trouxe a música até mim, depois a guitarra. Antecede todas as escolhas de uma vida musical. “O Que Já Importa” não recapitula. Precede. – Afonso Pais

Com este conjunto de canções, Afonso Pais, compositor e guitarrista, inaugura um novo capítulo de concretização artística quatro anos depois da edição discográfica anterior.

Em palco estarão dois Trios: três vozes – João Neves, Luísa Caseiro e Nazaré da Silva – somadas aos três instrumentos da secção rítmica – João Hasselberg no baixo elétrico e João Lopes Pereira na bateria, para além de Afonso Pais –, que funcionam ora em simbiose ora em contraponto ao longo das músicas, nas quais descrevem um vaivém tímbrico e de espacialidade que é essencial à simplicidade com que a mensagem musical se propõe ser transmitida ao ouvinte.

Todas as canções são provindas de um imaginário centrado na guitarra como “voz” criadora. Também representada está a canção portuguesa, a melodia em português, que reluz da letra e do lugar de nostalgia.

Cada música reconstitui uma vivência e reconstrói a sua marca na memória emocional que a acompanha: uma autobiografia em sons. Este trabalho corporiza o significado do Blues nas suas várias manifestações em mim. Não sei o que foi começo nem qual o destino. Mas sei tudo sobre o percurso feito, e aqui conto essa história, com os pontos de referência que importam.

 

Ficha Artística:

Afonso Pais – guitarra

João Neves – voz

Nazaré da Silva – voz

Maria Luísa – voz

João Hasselberg – baixo

João Pereira - bateria

 

Duração – 60m aprox.

Classificação Etária – M6

Preço – 5€

 

11 de novembro. sexta . 21h30

FESTIVAL JAZZ DA MARINHA GRANDE | ANDRÉ CARVALHO - “Lost In Translation”

Sinopse

Tal como as línguas, a música é ela própria uma língua, curiosamente uma língua universal. É esta ligação entre língua e música, palavras únicas e momentos musicais singulares que “Lost in Translation” explora. Se já por si só aprender uma nova palavra é algo gratificante, se de alguma forma esta aprendizagem estiver correlacionada com música, a experiência e aprendizagem será mais profunda.

A busca incessante por novas sonoridades tem-me levado a descobrir e explorar algumas áreas musicais tais como a música improvisada, a música experimental e a música contemporânea dita erudita. O disco de estreia do trio formado pelo José Soares (saxofone) e André Matos (guitarra) foi editado pela editora americana Outside in Music e conta com o apoio da Antena2, Fundação GDA, Companhia de Actores e Teatro Municipal Amélia Rey Colaço. Com uma instrumentação tão distinta, o grupo explora as composições de Carvalho com uma abordagem aberta, usando texturas, sons e dinâmicas como veículo para exprimir auditivamente cada uma das palavras intraduzíveis escolhidas.

 

Ficha Artística:

José Soares – saxofone alto

André Matos – guitarra

André Carvalho – contrabaixo

 

Duração – 60m aprox.

Classificação Etária – M6

Preço – 5€

 

 

12 de novembro . sábado . 21h30

FESTIVAL JAZZ DA MARINHA GRANDE | MARIA MENDES “Close to Me”

Sinopse

Espetáculo baseado no álbum Close To Me, vencedor de um prémio Edison e nomeado para os Grammy e Latin Grammy, em que contou com o famoso produtor e pianista americano John Beasley e com os préstimos da maior orquestra sinfónica de jazz do mundo, detentora de 3 Grammys, a Metropole Orkest.

Será este o ponto principal da viagem que Maria Mendes assinará nos concertos ao vivo, acompanhada de um trio que lidera com alma, estilo e saber, tal como fez no seu álbum. Maria Mendes não tem apenas visão, tem igualmente os mais calorosos elogios de grandes nomes da música, como Quincy Jones que no Festival de Jazz de Montreux vaticinou: “Vejo um futuro brilhante e promissor para esta jovem cantora”.

A crítica europeia está de acordo e tem apontado Maria Mendes como uma das mais sólidas promessas musicais do nosso continente.

A cantora tem uma ampla experiência recolhida nalguns dos mais prestigiados palcos do mundo, como o Blue Note Club de Nova Iorque ou o North Sea Jazz Festival, e promete aprofundar as ligações entre as duas culturas que a definem neste momento, a do jazz e a do fado.

 

Ficha Artística:

Maria Mendes – voz

Carlos Azevedo – piano

Jasper Somsen – contrabaixo

Mário Costa – bateria

 

Duração – 60m aprox.

Classificação Etária – M6

Preço – 10€

 

Bilheteira: bol.pt ou no Teatro Stephens, de terça-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.