Trás-os-Montes confiantes para 2017

Trás-os-Montes confiantes para 2017
Fotografia: Associação de Municípios da Terra Fria

Entre quem é. Assim costuma responder o transmontano a quem lhe bate à porta. E é bem provável que isso aconteça muitas vezes agora no inverno, quando o frio cortante mais de faz sentir e chama pela lareira, junto à qual seca o tradicional fumeiro. O aroma do pão acabado de fazer desperta o apetite. O ano de 2017 começa gelado mas saboroso na Rota da Terra Fria Transmontana, projeto de turismo de natureza que envolve cinco municípios.

Trata-se de uma viagem com cerca de 500 quilómetros pela paisagem, cultura e gastronomia dos concelhos de Bragança, Miranda do Douro, Vimioso, Vinhais e Mogadouro, seguindo o trilho de castelos e museus, parques naturais e biológicos, guardados por um cenário edílico.

A rota foi criada em 2008 para potenciar o turismo regional e terá tido em 2016 um dos melhores anos, segundo Pedro Morais, da Associação de Municípios da Terra Fria do Nordeste Transmontano (AMTFNT). “Isso apenas deverá vir confirmar a tendência já confirmada com dados do INE relativamente às dormidas em 2015, que subiram 11%”, sublinha o responsável.

Pedro Morais acredita que esse valor é deficitário, pois diz que “há muitos agentes de alojamento que não enviam dados das dormidas para o Instituto Nacional de Estatística (INE) ou então por outros motivos enviam dados abaixo daquilo que é a realidade”.

Para 2017 o objetivo é “manter esse processo evolutivo”, aponta o responsável, que adianta que o turismo já representa para a economia dos cinco concelhos um valor entre os 5 e os 10 milhões de euros. Os eventos são um dos grandes atrativos da Rota da Terra Fria. A Feira do Fumeiro de Vinhais, as Festas dos Rapazes e a Feira dos Sabores Mirandeses são alguns dos mais conhecidos e funcionam também como fonte de receita para vários produtores locais, como de fumeiro, artesanato ou mercadorias  agrícolas, “que assim conseguem escoar alguns dos seus produtos, contribuindo assim gerar valor acrescentado para a economia local”, explica Pedro Morais.

Outras atividades culturais e recreativas completam o programa ao longo do ano: as gentes da terra ensinam costumes e tradições a quem não sabe tosquiar uma ovelha ou fazer compota de cereja, e nas oficinas os artesãos estão de portas abertas aos que queiram aprender o ofício.