Ranking revela as escritoras mais buscadas no Google em Portugal

Ranking revela as escritoras mais buscadas no Google em Portugal
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Ranking revela as escritoras mais buscadas no Google em Portugal

Dia das Mulheres: de Colleen Hoover a Elena Ferrante, ranking revela

as obras e escritoras mais pesquisadas entre os portugueses

 

Títulos estrangeiros são os responsáveis por gerar as maiores buscas;

Clara Cunha e seu “O Cuquedo” são os representantes nacionais

 

Colleen Hoover, Carla Madeira, Isabel Figueiredo... seja pelo constante destaque feminino nas premiações ou pelos recorrentes fenómenos de vendas, quando o assunto são os livros, não dá para negar: Portugal é um país cada vez mais interessado no que as mulheres têm a dizer.

 

Os últimos números do mercado literário deixam ainda mais evidente o investimento na literatura feita por escritoras: num segmento ainda dominado pelos homens, por exemplo, mais de 50% dos títulos editados nos últimos dois anos pelo grupo Penguin Random House foram assinados por elas, entre autobiografias, peças de teatro e ficções para o público jovem-adulto.

 

A boa aceitação entre os leitores, por sua vez, tem reverberado nas vendas — com as histórias escritas por mulheres, como os best-sellers "Isto Acaba Aqui", de Colleen Hoover, e "Violeta", de Isabel Allende, ocupando entre 40% e 50% das listas anuais de mais vendidos da FNAC desde o ano de 2021.

 

"O crescente interesse pela literatura produzida por escritoras pode ser visto como um reflexo do movimento mais amplo em direcção à igualdade de género e à mudança social", pontua Sylvia Johnson, líder de Metodologia da plataforma de idiomas Preply. "Significa um despertar da consciência dos leitores e do seu desejo de mergulhar em narrativas que detalham as nuances, lutas e triunfos das experiências femininas que há muito têm sido marginalizadas ou sub-representadas".

 

Mas, afinal, se tais obras têm interessado cada vez mais leitores portugueses, quais delas estiveram por trás dos maiores volumes de pesquisa em Portugal recentemente? Quem traz a resposta é a Preply, que investigou as milhões de pesquisas mensais por livros na internet e revela, abaixo, os títulos e nomes que marcaram as pesquisas da população nos últimos doze meses. Confira!

 

Top obras mais pesquisadas em Portugal têm Jane Austen, Anna Llenas e J.K. Rowling

 

Pluralidade. Se pudesse ser resumida em apenas uma palavra, este certamente seria um dos termos que melhor descreveria a lista de autoras em destaque na internet nos últimos meses, haja vista o quanto os nomes que mais geraram pesquisas online se diferenciam uns dos outros. Ou vai dizer que existe palavra melhor para caracterizar um ranking formado por, simultaneamente, clássicas autoras inglesas como Jane Austen e grandes sucessos do TikTok, como é o caso da norte-americana Taylor Jenkins Reid?

 

Tamanha diversidade não impede, de todo modo, certas associações entre as obras que mais têm motivado os internautas a recorrerem aos motores de busca a cada novo mês.

 

Em meio à ampla variedade de origens culturais, épocas de publicação, géneros literários e públicos-alvo, por exemplo, não se pode negar que os holofotes permanecem com as autoras que escrevem para os leitores mais jovens, nicho do qual fazem parte onze dos quinze livros mais procurados pelos portugueses — de narrativas recentes como "Amor e Gelato", de Jenna Evans Welch, à conhecida saga "Harry Potter", que conquistou os corações de todo o mundo por mais de uma década.

 

Não são elas, contudo, as responsáveis por ocupar o topo do pódio das obras mais pesquisadas no país, já que quem leva o título de livros mais procurados nacionalmente são, na verdade, duas histórias de amor: "Belo Desastre", obra de Jamie McGuire, e "Orgulho e Preconceito", da autoria de Jane Austen, popular há mais de duzentos anos.

 

Ora, e quanto aos livros escritos por portugueses?

 

Para quem se questiona sobre a ausência de representantes nacionais na lista, aqui vai uma boa notícia: embora restrito a apenas um título, certo livro português alcançou o top 5 mais pesquisados durante o período — "O Cuquedo", da almadense Clara Cunha, com ilustrações de Paulo Galindro. A obra lhe parece familiar?

 

Se sim, talvez seja porque estamos falando simplesmente de um dos maiores sucessos da literatura infantil, laureado com uma Menção Especial no Prémio Nacional de Ilustração 2008 e bastante lido sobretudo nas escolas para crianças de todo o país. A popularidade é tanta, aliás, que "O Cuquedo" tem sido recomendado para alunos do pré-escolar pelo Plano Nacional de Leitura há um bom tempo, o que já lhe rendeu o total de 16 edições desde o lançamento.

 

Ao longo de suas páginas, Clara conduz os leitores a uma trama envolvendo diversos animais da floresta, que tentam desvendar que criatura estaria por trás do nome “Cuquedo”, misteriosamente associado por eles a um monstro terrível. À obra principal, cujas vendas passam dos 30 mil exemplares no país, somam-se as sequências "O Cuquedo e os Pequenos Aprendizes Do Medo" e "O Cuquedo - Guia Prático do Susto", que repetem o efeito do primeiro no coração dos pequeninos.

 

Metodologia

 

Para desvendar quais são as obras e escritoras mais pesquisadas no país, o levantamento da Preply teve como ponto de partida todas as buscas relacionadas ao tema “livros” nos motores de buscas, abarcando pesquisas realizadas nos últimos doze meses. Uma vez compreendidas as autoras com os maiores volumes de pesquisa, estas foram dispostas em um ranking com base nas mais populares entre os internautas durante o período.

 

Sobre a Preply

 

A Preply é uma plataforma online de aprendizagem de idiomas que conecta professores a centenas de milhares de alunos em 180 países em todo o mundo. Actualmente, mais de 40.000 tutores ensinam mais de 50 idiomas, impulsionados por um algoritmo de aprendizado de máquina que recomenda os melhores professores para cada aluno. Fundada nos Estados Unidos, em 2012, por três fundadores ucranianos, Kirill Bigai, Serge Lukyanov e Dmytro Voloshyn, a Preply cresceu de uma equipe de três pessoas para uma empresa com mais de 600 funcionários de 62 nacionalidades diferentes, com escritórios em Barcelona, Nova York e Kiev.