Miguel Barbosa estreou-se no Guarda Racing Days ganhando a sua categoria e a Super Final

Miguel Barbosa estreou-se no Guarda Racing Days ganhando a sua categoria e a Super Final
Fotografia: D.R.

A edição 2023 do Guarda Racing Days foi um enorme sucesso, não só pela moldura humana que abraçou o espectacular circuito desenhado na encosta do Hotel Versatile, mas também pelo espectáculo que os pilotos souberam oferecer ao longo de dois dias de prova. Organizado pelo Clube Escape Livre e pela Câmara Municipal da Guarda, a “Corrida dos Campeões” tem ganho esse estatuto devido a edições como a deste ano.

O Guarda Racing Days foi uma verdadeira “Corrida de Campeões”, pelo percurso remodelado para 2023 e que foi ao encontro daquilo que os pilotos desejam, pela enorme mole humana que assistiu às muitas passagens da quase trintena de pilotos e máquinas inscritos e, sobretudo, pela presença de muitos campeões.

Miguel Barbosa, oito vezes Campeão de Portugal de Todo-o-Terreno e Campeão de Portugal de Circuitos/GT, marcou presença. Infelizmente, não com a Toyota Hilux T1+, mas aos comandos de um Can-Am Maverick SSV que partilhou com Luís Portela de Morais. Os dois pilotos do BP Ultimate Adventure Team viram-se impossibilitados de utilizar os carros com que se inscreveram e partilharam o Can-Am.

Fernando Peres, tricampeão de Portugal de Ralis, também marcou presença no Guarda Racing Days com o seu Mitsubishi Lancer Evo. Também Georgino Pedroso, Campeão de Portugal Todo-o-Terreno Categoria T2, esteve na Guarda com a Isuzu D-Max T2. Enfim, um desfile de campeões que elevou a fasquia da competitividade do Guarda Racing Days.

Infelizmente, alguns pilotos conheceram contratempos logo no primeiro dia do Guarda Racing Days. Por exemplo, António Pinto dos Santos trouxe até à Cidade mais Alta a Renault 4L com que participou no Safari Rally Classic de 2022. O piloto que levou a 4L ao Mundial de Ralis no passado, viu o carro francês partir uma suspensão e António Pinto dos Santos foi forçado ao abandono. José Morgado também ficou pelo caminho com uma suspensão partida no seu SSV.

De igual forma, o Renault Twingo da Art of Speed, que tanto animou a edição de 2022, acabou fora de prova com um turbo partido. Herminio Loureiro foi forçado, assim, a mudar de carro e partilhou o Peugeot 206 GTi com Daniela Lopes, a primeira mulher a participar nesta competição que, desde já, prometeu voltar.

Após as três sessões de treinos livres, ficou estabelecida uma tendência de confronto entre os SSV (Classe D) e os carros de ralis (Classe A) com Miguel Barbosa e Carlos Fernandes a assumirem protagonismo.

Entre os pilotos da Guarda, o destaque ia para o Mitsubishi Lancer Evo IX de Francisco Carvalho com os BMW de Diogo Caramelo e Fábio Cruz logo de seguida e António Matias mais longe com o seu Fiat Punto.

O dia de domingo trouxe a competição para o patamar oficial e o espectáculo começou com Fernando Peres a rubricar um tempo abaixo dos três minutos. Um turbo partido deitou por terra as expectativas de uma competição acesa entre o antigo campeão de Portugal de Ralis (já com 58 anos) e o antigo campeão de Portugal de Todo-o-Terreno.

Ainda assim, Fernando Peres honrou o seu compromisso de participar no Guarda Racing Days. Apesar de não poder usar o Mitsubishi Lancer Evo de reserva que tinha no camião (pois não verificou esse carro), ofereceu uma mão cheia de co-drives e rodou para o espectáculo! Deixou, assim, um sorriso espelhado no rosto dos sortudos que puderam dar uma volta ao traçado do Guarda Racing Days ao lado de um campeão, mas também, ao público que assistiu à maestria da sua condução.

Perante o infortúnio de Fernando Peres, Miguel Barbosa encontrou outro obstáculo na destemida participação de Luís Portela de Morais. Os dois, aos comandos do mesmo SSV foram trocando de posição até que com uma volta abaixo dos três minutos, Miguel Barbosa resolveu a questão a seu favor.

Contas feitas à primeira manga, Barbosa ganhava a Classe D seguido de Portela de Morais e Nuno Rodrigues, todos em Can-Am Maverick. O mais rápido da Classe A foi Carlos Fernandes, seguido de João Araújo e Francisco Carvalho. A classe C foi ganha nesta primeira manga por José Silva na frente de António Matias e nos TT (Classe B), com a ausência da Toyota Hilux T1+ de Miguel Barbosa, Georgino Pedroso ficou sozinho e ganhou a classe.

A segunda manga ofereceu ainda mais espectáculo com as diferenças a estreitarem-se entre os vencedores das classes. Quem não esteve pelos ajustes foi Miguel Barbosa que nesta segunda manga estabeleceu o tempo mais rápido do fim de semana do Guarda Racing Days: 2m55,750s!

Curiosamente, os resultados desta segunda manga foram exactamente iguais aos da primeira, mas como referimos, com diferenças mais curtas, excepto na Classe D de Miguel Barbosa.

No final das duas mangas de competição, Carlos Fernandes e o seu Toyota Yaris GR ganharam a Classe A na frente de João Araújo (Mitsubishi Lancer Evo VIII) e de Francisco Carvalho (Mitsubishi Lancer Evo IX).

Na Classe B, Giorgino Pedroso esteve sozinho com a sua Isuzu D-Max T2, enquanto na Classe C foi José Silva (JRS Demo) o melhor na frente de António Marias (Fiat Punto Abarth).

Finalmente, na Classe D, Miguel Barbosa superiorizou-se a Luís Portela de Morais e a Nuno Rodrigues, todos aos comandos do Can-Am Maverick SSV.

Entre os pilotos da Guarda, Francisco Carvalho (Mitsubishi Lancer Evo IX) foi o mais rápido seguido de Diogo Caramelo (BMW E30), Tiago Cabrail (BMW E46), Fábio Cruz (BMW E30) e António Matias (Fiat Punto).

Como já é tradição no Guarda Racing Days, os vencedores de cada categoria encontraram-se para duas finais que apuraram os dois pilotos que discutiram a vitória absoluta no evento do Clube Escape Livre.