Lançamento da publicação O Estuário do Tejo da autoria de Maria José Costa

Lançamento da publicação O Estuário do Tejo da autoria de Maria José Costa
A obra "O Estuário do Tejo", da autoria de Maria José Costa, vai ser lançada no dia 21 de Dezembro, às 11h30, na Academia das Ciências de Lisboa e conta com transmissão em directo, através da página de Facebook da Lisboa Capital Verde Europeia 2020.
 
O livro “O Estuário do Tejo”, da Edições Afrontamento, uma publicação de Lisboa Capital Verde Europeia 2020, promovido pelo Departamento de Ambiente da CM Lisboa, é de autoria de Maria José Costa, bióloga marinha e conta com a participação de vários ilustradores científicos e fotógrafos ambientais.
 
A obra fala-nos do estuário do Tejo, o maior da Europa Ocidental, nas múltiplas vertentes ambientais, da flora à fauna, mas também as sócio-económicas, incluindo a pesca.
 
A história do estuário também é aqui relatada, desde a sua formação à ocupação das suas margens, que data do Paleolítico. Refere-se a importância do estuário para os romanos, que tinham na baixa pombalina as suas fábricas de peixe, de onde exportavam, bem como alguns dos acontecimentos mais relevantes que tiveram origem no estuário.
 
Descrevem-se os seus principais habitats, desde os bancos de vasa até às salinas; a sua importância como rota migratória para as aves, a sua faceta como zona de viveiro para muitos peixes e a sua importância nas pescas. Não foram esquecidos os barcos que ali navegaram - alguns que ainda hoje se preservam.
 
Mas, para além de um retrato do estuário no presente, também se descrevem as mudanças ambientais na flora e na fauna nos últimos 20 anos. Estas alterações estão directamente associadas à melhoria drástica da qualidade da água e ao aumento da sua temperatura, que permitiu a entrada de espécies com características subtropicais, como o sargo do Senegal, o enorme aumento das corvinas, ou até a introdução e povoamento de espécies exóticas, como a ameijoa japonesa.
 
Tenta-se assim também perceber o que acontecerá no futuro, se a temperatura continuar a aumentar e com ela a chegada de mais espécies com características subtropicais e até mesmo tropicais, como prevemos em 2100 com a entrada do tubarão-bicudo.
 
Um guia para quem quer saber mais sobre um estuário com vida e que desperta no leitor a vontade de o desfrutar.