FIMUV traz Cuca Roseta ao palco do Europarque com Orquestra Filarmónica Portuguesa

FIMUV traz Cuca Roseta ao palco do Europarque com Orquestra Filarmónica Portuguesa

Santa Maria da Feira recebe no próximo domingo no Europarque a fadista Cuca Roseta, acompanhada pela Orquestra Filarmónica Portuguesa. O espectáculo da 44.ª edição do FIMUV - Festival Internacional de Música de Paços de Brandão está marcado para as 17h30 e a cantora antecipa o concerto como uma experiência “memorável”. Diz que, “se o fado, já por si, tem uma riqueza tão grande, juntá-lo com orquestra ainda o torna maior, mais profundo, mas intenso”.

Logo após o espectáculo do próximo sábado com a brasileira Badi Assad, o FIMUV - Festival Internacional de Música de Paços de Brandão continua a manter o foco na Voz ao convidar para o concerto de domingo a fadista portuguesa Cuca Roseta. Numa parceria recente que ainda só teve apresentações em Viseu e na Guarda, a solista estará em palco no Grande Auditório do Europarque com a Orquestra Filarmónica Portuguesa, para, sob a direcção do maestro Osvaldo Ferreira, dar a conhecer sobretudo os novos temas do álbum “Meu”, com arranjos sinfónicos por Marino de Freitas.

“Os concertos que tive com a Orquestra Filarmónica Portuguesa foram incríveis”, começa por referir Cuca Roseta. A fadista reconhece depois que a música erudita teve toda a influência na sua formação profissional e artística, e ainda faz parte do seu universo familiar. “Os meus pais e toda a minha família ouvem música clássica desde sempre”, revela. “Nasci e cresci a ouvir clássica, sobretudo com o meu pai, que ainda hoje tem nela a sua música de eleição. Tive a sorte de viver muito próxima da música clássica e da ópera, e talvez daí venha o meu gosto tão grande também por estes géneros musicais”.

Para Augusto Trindade, director artístico do FIMUV, essa proximidade às obras eruditas acaba por denunciar-se no estilo muito próprio de Cuca Roseta: “Nota-se na sua elegância peculiar, na delicadeza das suas interpretações, na presença subtil e discreta de uma certa grandiosidade que lhe acompanha a voz”. Como docente, violinista e inclusive como concertino da Orquestra Filarmónica Portuguesa (que fundou com Osvaldo Ferreira em 2016), esse músico já atuou diversas vezes com a fadista e garante que a fusão anunciada para a maior sala do centro de congressos Europarque “constituirá, de facto, um momento especial na cena artística nacional”.

Para esse significado contribuem de forma incontornável os músicos da Orquestra Filarmónica Portuguesa, que, apesar de formada há apenas cinco anos, representa já um dos colectivos mais maduros do panorama musical português. “O elevado padrão de exigência que a orquestra imprimiu ao seu trabalho logo desde a génese levou a que ela seja constituída por músicos de elevado nível técnico e artístico, entre os quais vários instrumentistas premiados em concursos nacionais e internacionais, ex-integrantes da Orquestra Jovem da União Europeia e músicos estrangeiros residentes em Portugal”, declara o maestro Osvaldo Ferreira. “Associando-se a este projecto diferenciador e inovador, estes artistas contribuíram para a afirmação de uma orquestra que rapidamente se tornou uma referência e um símbolo de qualidade”.