Exposição "Territórios" de Joana Antunes e Fernando Barros

Exposição "Territórios" de Joana Antunes e Fernando Barros
Fotografia: D.R.

A pintura de Joana Antunes e a escultura de Fernando Barros, conjugam-se numa exposição que procura “colocar o espectador no centro da disseminação das narrativas de cada um”. Numa busca pela representação coletiva, os dois autores amarantinos criaram uma simbiose de significados nas suas obras, em busca dos territórios que coabitam em cada um.

A Casa da Cultura Mestre José Rodrigues, em Alfândega da Fé, vai acolher esta nova exposição, apresentando “Territórios” e os seus autores ao público no próximo dia 4 de Agosto, às 17h30.

A Exposição vai estar patente na Galeria Manuel Cunha até 15 de Outubro, com entrada livre.

Joana Antunes nasceu em 1979 na cidade de Amarante, onde viveu e estudou até ser maior de idade. Nos anos 90, os contactos com artistas da área do desenho, da pintura e da cerâmica, levaram-na a enveredar pela sua formação em artes visuais, e a frequentar os circuitos, na altura regionais, que foram os primeiros “palcos” onde os seus trabalhos foram exibidos e muitos deles adquiridos por privados.

Posteriormente, paralelamente aos trabalhos que foi tendo em outras áreas, o acto de criar foi ganhando cada vez mais relevo, e por isso as suas exposições começaram a ganhar outro tipo de dimensão, quer pelas colectivas importantes com grandes artistas nacionais e internacionais, quer pelas mostras e exposições individuais que foi tendo por Portugal fora.

Desta forma, não tardara a sair da fronteira portuguesa através da curadora Italiana Mónica Ferrarini, onde a sua presença tem sido cada vez mais assídua em exposições colectivas em galerias de Arte na cidade Roma. Contudo, França e Inglaterra, são países onde a Artista tem semeado e cimentado o seu trabalho nestes últimos anos.

Actualmente, a artista está envolvida em imensas actividades criativas ligadas à pintura, ao desenho, ilustração e escultura cerâmica. A sua paixão e o seu foco é criar “pontes” para outros mundos onde a tinta, pode ser tudo o que nós quisermos.

Fernando Barros. As raízes deste autor começam com o desenho e pintura, numa didáctica fantástica e cheia de histórias de atelier, orientado pelo Artista Alberto Péssimo, que com a naturalidade do correr do tempo, o autor parte, de forma imprevisível, rumo a uma nova abordagem em direcção a escultura.

O Fernando Barros, a pertencer a alguma escola, pertence à escola da vida, onde a paixão pelo trabalho, tem algo a ver com o platónico. E que tal como Platão, aquilo que este autor pretende, é chegar à verdadeira essência do conhecimento, através desta materialização que nunca nos oferece só um lado ou uma perspectiva.

Natural de Amarante apresenta nesta exposição um conjunto de obras do seu imaginário, que cruza mitologias locais , que tanta importância têm para entender a geografia da sociedade, com a genuinidade do puro acto e vontade de materializar uma vontade interior, que se traduz sempre através de pedaços ou troncos de madeira.

Em 2021, esteve patente no CIT (Centro de Interpretação do Território Sambade/Alfândega da Fé) com a exposição “Puro e Bruto”, com esculturas em madeira.