Exposição de pintura de Joana Antunes e de escultura de Fernando Barros na Casa Museu de Monção /UMinho

Exposição de pintura de Joana Antunes e de escultura de Fernando Barros na Casa Museu de Monção /UMinho
Fotografia: D.R.

Está patente ao público na Sala de Exposições Temporárias da Casa Museu de Monção / Universidade do Minho a partir de 2 de Junho e até 29 de Julho a exposição que se intitula Territórios.

Trata-se de uma exposição de pintura da artista Joana Antunes e de escultura de Fernando Barros.

 «A exposição patente intitulada de “Territórios”, vem congregar a pintura da Artista Joana Antunes com as obras do escultor Fernando Barros, num diálogo que pretende colocar o espectador no centro da disseminação das narrativas de cada um. Procurar levar o espectador parar lugares que não fazem parte da nossa cultura mental. Se por um lado, cada obra reflecte a fuga de uma perspectiva materializada, por outro, elas também são reprodutoras de lugares, definidas pela fisionomia das obras e pela relação destas com espectador, formando fronteiras invisíveis e gerando comunidades. Cada tela ar e cada escultura terra, parecem ser as premissas ideais para a criação de um universo que é composto pela densidade pictórica das pinturas, onde a mancha se transforma na “voz” dos não representados que aqui são protagonistas, mas que também é habitado e constituído pelos seres originários da mãe natureza, que são as esculturas que compõem a paisagem e a geografia deste mundo onde as mitologias se cruzam e coabitam.

O convite é mesmo esse. Viver a tensão entre a origem das obras, nunca renegando o seu passado e individualidade, e o presente, onde o colectivo é uma múltipla narrativa orgânica.

Numa altura em que as visões eurocêntricas e patriarcas são cada vez mais questionadas e colocadas em questão, os motes desta exposição opõem-se a essas perspectivas, não porque as critica, mas porque não é representativa de um sistema colonialista feito de heróis. 

Se não podemos renegar o passado, também não podemos esquecer das pessoas que o construíram, nas melhores e piores circunstâncias. Assim, esperamos que esta exposição, não seja uma viagem, mas sim uma experiência coletiva num mundo que alberga toda a gente e todos se sentem representados.»