O Festival Mêda+ acontece já para a semana

O Festival Mêda+ regressa já para a semana à cidade da Mêda, para celebrar a sua 11.ª edição entre os dias 24 e 26 de Julho. Promovido por uma associação juvenil sem fins lucrativos, o evento afirma-se como um espaço de acesso democrático à cultura, reunindo música nacional, comunidade e partilha intergeracional, com entrada e campismo gratuitos.
Segundo André Pereira, da organização, essa aposta tem sido uma das marcas distintivas do festival: “O desafio financeiro passa desde logo pela eliminação de uma fonte de receita à partida, mas abre portas a várias parcerias que, com um sistema de bilhética, eventualmente não aconteceriam. Com os valores que estamos a trabalhar, sentimos que o propósito que nos distingue desde 2010 é muito importante de preservar.”
Durante quatro dias e três palcos — Pé em Triste, Mercado e Meda+ — o festival apresenta uma programação que cruza artistas consagrados e novas vozes da música portuguesa. Vitoria Vermelho, Orquestra de Formação de Mêda, Evaya, 800 Gondomar, Carlos Raposo, Romeu Bairos, Félix Gambino (DJ Set), Emmy Curl, Humana Taranja, MAQUINA., Tyroliro, Girls96, Rossana, Ohxala (DJ Set), Manga Limão, Bombazine, Them Flying Monkeys, Anti-Medo, Conferência Inferno, Marlow Diggs, Bia Maria e Academia Sénior de Mêda, Mike El Nite (DJ Set), Amaura, Quadra e Capicua são os artistas em cartaz.
Para a organização do festival, a selecção do cartaz resulta de “um trabalho constante de dar a mesma atenção a artistas consagrados no panorama alternativo e a novos projectos que vão surgindo. A música portuguesa está numa óptima fase, o que facilita muito o nosso trabalho e, ao mesmo tempo, dificulta a decisão.”
Além da música, a Nave de Exposições da Mêda acolhe oficinas de cerâmica, olaria com roda de oleiro, pintura, fotografia e aguarela. “A ideia surge da necessidade de incluir na programação diária uma alternativa à piscina municipal. Este ano, com a maior Metamorfose que o evento recebeu, esse apetite aguçou-se ainda mais”.
Outro destaque são as provas de vinhos comentadas pelos produtores locais, que “servem também para promover os próprios produtos junto de um público improvável”, sublinha o responsável.
Uma das actuações mais simbólicas será a colaboração entre Bia Maria e a Academia Sénior de Mêda, que, segundo André Pereira, “assume uma importância especial porque reforça várias características que tentamos promover no território e que têm sido fundamentais na simbiose entre o Mêda+ e toda a comunidade.”
Depois de 11 edições, a identidade do festival consolidou-se no circuito nacional: “Quando o festival foi interrompido em 2018, recebemos muitas manifestações de várias formas. Tivemos a noção de que o Mêda+ tinha ultrapassado largamente as expectativas iniciais de 2010 e chegado a públicos de todas as idades”.
O futuro do evento será realista e fiel ao seu ADN: “Não temos expectativas de crescer muito sem outro tipo de apoios. O objectivo passa por manter a identidade do festival, mas fazê-lo com mais tranquilidade financeira e poder aumentar a qualidade a vários níveis, sem devaneios.”
Toda a informação está disponível nas redes sociais e no site oficial do festival.