21ª edição do Festival Jazz ao Centro acontece entre 6 e 21 de Outubro 2023

21ª edição do Festival Jazz ao Centro acontece entre 6 e 21 de Outubro 2023
Fotografia: D.R.

O Festival Jazz ao Centro regressa para a sua 21ª edição, que acontece entre os dias 6 e 21 de Outubro, em vários espaços da Cidade de Coimbra.

Ao longo de três semanas, 50 músicos de várias latitudes passarão pelo Centro de Artes Visuais, Convento São Francisco, República Solar dos Kapängas, Salão Brazil e Teatro Académico de Gil Vicente. 

As premissas fundamentais da programação mantêm-se em linha com o que tem vindo a ser a prática das últimas edições, assumindo a diversidade de abordagens que marcam a actualidade do Jazz.

Para José Miguel Pereira, director da Associação sem fins lucrativos Jazz ao Centro Clube, "No meio de uma programação regular intensa no contexto do vasto universo de iniciativas do Jazz ao Centro Clube, os Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra têm um lugar especial, enquanto projecto fundador da própria Associação. Concentramos em três semanas propostas de várias geografias que permitem tomar o pulso à realidade atual desta música. É, portanto, um momento de nos sentarmos debaixo da frondosa árvore centenária do Jazz e imaginarmos o futuro!"

O Festival é co-produzido pela Câmara Municipal de Coimbra, pelo que o Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva "congratula o regresso do Festival Jazz ao Centro para a sua 21ª edição, salientando o caminho de afirmação e continuidade que este festival tem percorrido, sendo hoje uma referência no panorama cultural nacional e um evento incontornável – com alcance internacional - no que à música jazz diz respeito. O Município de Coimbra pretende continuar a apoiar a Associação Jazz ao Centro que em muito tem contribuído para que a cidade de Coimbra se torne mais cosmopolita e uma referência no que concerne à programação musical.”

Durante o Festival também haverá um momento de celebração: o 11º aniversário do Salão Brazil sob a gestão do Jazz ao Centro Clube.  

 

Concertos

Sven-Åke Johansson & Jan Jelinek, Lakecia Benjamin, Lotte Anker & Gabriel Ferrandini, Chão Maior e João Mortágua AXES são alguns dos nomes da programação da 21ª edição do Festival Jazz ao Centro, que acontecerá entre 6 e 21 de Outubro.

 

Sven-Åke Johansson & Jan Jelinek | Sexta - 6 de Outubro, 21h30  Teatro Académico de Gil Vicente

Lantana | Sábado - 7 de Outubro, 22h00 | Salão Brazil 

Lakecia Benjamin and Phoenix | Domingo - 8 de Outubro, 18h00 | Salão Brazil 

A abertura do Festival fica a cargo de Sven-Åke Johansson & Jan Jelinek, que actuam no dia 6 de Outubro no Teatro Académico de Gil Vicente. Nos dois dias seguintes, os concertos decorrem no Salão Brazil. No sábado, dia 7 de Outubro terá como protagonista o sexteto Lantana (sábado, dia 7 de Outubro), grupo colaborativo do qual fazem parte Anna Piosik (trompete e voz) Carla Santana (electrónica), Maria do Mar (violino), Maria Radich (voz), Helena Espvall e Joana Guerra (violoncelos). Na tarde de domingo, dia 8 de Outubro, é a vez de Lakecia Benjamin apresentar “Phoenix” o seu quarteto formado por Zaccai Curtis (piano), Ivan Taylor (contrabaixo) e EJ Strickland (bateria).

 

 

Sven-Åke Johansson & Jan Jelinek por Joshua Eckstein

Jan Jelinek electrónica

Há uma espécie de tensão pela qual Johansson e Jelinek parecem estar interessados em permanecer, mais do que resolver. “Puls-Plus-Puls” é o título dos seus dois discos editados até ao momento, ambos gravados ao vivo, e o facto de manterem o mesmo título em dois registos separados por 3 anos (o primeiro data de 2017 e o segundo de 2020) indica que, mais do que uma possível solução ou resultado final perfeitamente fechado, é mesmo a “pergunta” que os move. Afinal, estamos a falar de “pulsação + pulsação”, não de um confronto ou de uma anulação das diferenças entre os ritmos produzidos pelo humano e pela máquina. É o jogo de diferenças e o terreno comum que produz o fascínio deste trabalho.

Felizmente para nós, a música nunca soa como se estivéssemos perante um programa de investigação. Há questões de partida, isso parece evidente, mas Johansson e Jelinek estão apostados em permitir que o jogo decorra livremente, conscientes que mesmo exercendo controlo nos seus gestos, emergem ao vivo outras camadas, a diferença na repetição que, por menor que seja, abre os espaços que, a eles, lhes interessam, e que são aqueles territórios desconhecidos para os quais terão de pensar, em tempo real, possíveis cartografias.

Apoio:

A apresentação de Sven-Åke Johansson & Jan Jelinek é feita em parceria com o Out.Fest (Barreiro, Portugal)

 

Bilheteira

8,00€ | Normal

6,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, comunidade UC, grupo ≥ 10, desempregado, profissional do espectáculo, parcerias

 

 

Lantana por Pedro Jafuno

Anna Piosik trompete e voz

Carla Santana electrónica

Maria do Mar violino

Maria Radich voz

Joana Guerra, Helena Espvall violoncelos

LANTANA, sexteto de música experimental/improvisada, é composto por Helena Espvall e Joana Guerra nos violoncelos, Maria do Mar no violino, Carla Santana na electrónica, Maria Radich na voz e Anna Piosik no trompete/voz. Em 2022, Lantana lançou o seu álbum de estreia, "Elemental", pela Cipsela Records - uma coleção hipnotizante habitada por mil criaturas sónicas, criadas pelas mãos de fantasmas, micro-poeiras e evocações.

O disco teve uma espantosa recepção por parte da crítica especialização, o que resultou na obtenção do Prémio de "Grupo do Ano" na Festa do Jazz 2022 (CCB, Lisboa) e, igualmente, na escolha de Lantana, pela Annual International Critics Poll (que reúne 64 críticos internacionais) da publicação El Intruso, como "Grupo Revelação".

 

Bilheteira

8,00€ | Normal

6,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, desempregado, profissional das artes e do espectáculo

 

Lakecia Benjamin por Elizabeth Leitzell

Lakecia Benjamin saxofone alto

Zaccai Curtis piano

Ivan Taylor contrabaixo

EJ Strickland bateria

Passaram apenas dois anos desde que Lakecia Benjamin esteve envolvida num gravíssimo acidente, no qual sofreu a fractura da clavícula e do maxilar. Regressava de um concerto de promoção do seu terceiro álbum, dedicado a John e Alice Coltrane e era já uma das maiores promessas do jazz, tendo sido, por exemplo, eleita “Rising Star” (saxofone alto), pela mais influente revista de jazz norte-americana, a Downbeat Magazine, em 2020.

Tudo levava a crer que estávamos perante mais uma história de uma carreira de sucesso interrompida por circunstâncias trágicas, mas o que aconteceu nos meses seguintes, com uma dolorosa mas completa recuperação, foi de tal forma extraordinário que levou a que Lakecia Benjamin intitulasse de “Phoenix” o seu quarto disco, lançado em Janeiro de 2023.

Tal fénix renascida das cinzas, Lakecia Benjamin não tem parado de se apresentar ao vivo, em ambos os lados do Atlântico, apresentando o disco que, muito provavelmente, estará nos lugares cimeiros nas listas de “melhores do ano” de grande parte da imprensa especializada.

Pela trajectória fulgurante de Lakecia, e pelo seu previsível lugar futuro no mundo do Jazz contemporâneo, ver e ouvi-la no palco do Salão Brazil será uma daquelas oportunidades a não perder!

 

Bilheteira

15,00€ | Normal

12,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, desempregado, profissional das artes e do espectáculo

 

 

Jam no Salão com a Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra | Quinta - 12 de Outubro, 21h30 | Salão Brazil 

Mário Costa “Chromosome” | Sexta - 13 de Outubro, 22h00 | Salão Brazil 

Chão Maior | Sábado - 14 de Outubro, 21h30 | Teatro Académico de Gil Vicente

Lívia & Fred | Domingo - 15 Outubro, 18h00 | Convento São Francisco (Sala D. Afonso Henriques)

Luís Vicente / William Parker / Mark Sanders | Domingo, 15 Outubro, 21h00 | Salão Brazil

Depois de um curto interregno, o Jazz ao Centro regressa, no dia 12, com uma jam session no Salão Brazil, destacando o trabalho de parceria com a Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra e com uma emergente comunidade de músicos apostados. No dia seguinte (13 de Outubro), o Salão da Baixa de Coimbra acolhe o quarteto liderado pelo baterista e compositor Mário Costa, que apresentará “Chromosome”, trabalho que conta com os préstimos dos franceses Benoît Delbecq (piano) e Bruno Chevillon (contrabaixo), assim como do trompetista americano de raízes vietnamitas Cuong Vu. No sábado, dia 14 de Outubro, nova passagem pelo Teatro Académico de Gil Vicente, para a primeira apresentação do disco “Snakes & Thunder” (com data prevista de lançamento no primeiro trimestre de 2024) pelo quinteto Chão Maior, projecto colaborativo encabeçado pelo trompetista e compositor Yaw Tembe, ladeado por João Almeida (trompete), Norberto Lobo (guitarra e baixo), Leonor Arnaut (voz) e Ricardo Martins (bateria). No derradeiro dia do segundo fim de semana de festival, Lívia Nestrovski e Fred Ferreira irão apresentar, ao final da tarde, um programa desenhado especialmente para esta apresentação no Festival Jazz ao Centro no Convento São Francisco. À noite, regresso ao Salão Brazil, para um concerto de Luís Vicente / William Parker / Mark Sanders, que aqui se encontram pela primeira vez em formato trio.

 

 

Nuno Rodrigues & Rui Alvarez por João Duarte

Nuno Rodrigues trompete

Rui Alvarez contrabaixo

Paulo Silva bateria

Com o objectivo de criar um ponto de encontro quinzenal para todos os interessados no jazz, reforçando a ligação entre músicos da Região de Coimbra (e não só), o Salão Brazil  e um conjunto de músicos e docentes Curso Profissional de Jazz da Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra, entre os quais se incluem Mauro Ribeiro e João Mortágua, iniciaram, em Setembro, as jam no Salão.

Apoio:

- Conservatório de Música de Coimbra (CMC)

- Curso Profissional de Jazz do CMC

Entrada gratuita (sujeita à lotação da sala)

 

 

Mario Costa Chromosome por João Hasselberg

Mário Costa bateria e composição

Cuong Vu trompete

Benoît Delbecq piano e electrónica

Bruno Chevillon contrabaixo

Chromosome, numa referência directa à composição de Mário Costa, foi pensado especificamente para o ADN de cada um dos músicos que agora o acompanha. É esse sentimento, de temas preparados com o cuidado para permitir a cada elemento a exploração das suas qualidades, que engrandece o brilhantismo de um disco tão cativante quanto inesperado nos seus nove temas. Se lembrarmos que a trompete de Cuong Vu costuma ser escutada em projectos de Bill Frisell, Pat Metheny, David Bowie ou Laurie Anderson, que o contrabaixo de Bruno Chevillon surge amiúde ao lado de Louis Sclavis, Michel Portal ou Daniel Humair, e que o piano de Benoît Delbecq, além dos projectos próprios, tem tocado com gente tão díspar e especial quanto Evan Parker, Mark Turner ou Mary Halvorson, fica-se com uma pálida ideia do encontro que aqui acontece. Mas porque esta música é muito mais do que a soma das partes e porque cada composição funciona como uma passadeira vermelha que Mário Costa estende a cada um dos seus cúmplices, é também muito mais aquilo que, qual milagre, se revela na união destes quatro músicos. E, por isso, tudo fica por dizer. Só a música pode falar pelo deslumbramento e pela explosão de criatividade que se liberta de Chromosome.

Apoio:

Fundação GDA

 

Bilheteira

10,00€ | Normal

8,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, desempregado, profissional das artes e do espetáculo

 


Chão Maior

Yaw Tembe composição, trompete e electrónica

João Almeida trompete e electrónica

Leonor Arnaut voz e electrónica

Norberto Lobo guitarra, baixo e electrónica

Ricardo Martins bateria e electrónica

No disco de estreia Drawing Circles, editado em 2020, Chão Maior incorporou um processo ligado às práticas visuais e à psico-geografia, traçando um paralelo ao trabalho de Richard Long. Idealizou-se uma música capaz de atravessar territórios, pensada através de deambulações e que fosse propensa à prática de derivas e desvios.

Chão Maior regressa agora às edições com o segundo álbum, intitulado Snakes and Thunder. Esta série de peças assenta nas ideias de equivalência e de balanço como forma de atravessar e cruzar sistemas em várias dimensões e instâncias.

Como criar espaço para o diálogo quando se balança entre diferentes sistemas de valores? O que resulta desta sobreposição?

São as premissas para Snakes and Thunder, disco que sairá apenas em 2024, e que, no Festival Jazz ao Centro, terá a sua primeira apresentação pública.

 

Bilheteira

8,00€ | Normal

6,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, comunidade UC, grupo ≥ 10, desempregado, profissional do espectáculo, parcerias

 

 

Lívia & Fred

Lívia Nestrovski  Voz

Fred Ferreira Guitarra

Clássico e contemporâneo, popular e erudito, do Brasil e do mundo, tão experimental quanto acolhedor, o caminho traçado por Lívia e Fred é subtil, inesperado, inspirado. Com canções de Kurt Weill, Zé Miguel Wisnik, Benjamin Britten, Arrigo Barnabé, Maurice Ravel, Milton Nascimento e nomes da nova geração, o duo constrói narrativas e rege afectos. Após seis anos em digressão com seu primeiro disco, tendo passado por EUA, França, Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra, Alemanha, Rep. Checa, Estónia, Colômbia, Cuba, México, Argentina, Líbano e Síria, além de todas as regiões do Brasil, preparam seu segundo disco.

 

 

Luís Vicente, William Parker e Mark Sanders

Luís Vicente trompete

William Parker contrabaixo

Mark Sanders Bateria

O que acontece quando juntamos um dos mais surpreendentes instrumentistas do Jazz português actual a duas figuras incontornáveis da história recente do Jazz?

Vamos descobrir, na noite de 15 de Outubro, no palco do Salão Brazil, em concerto no âmbito da 21ª edição do Festival Jazz ao Centro.

Ao longo da última década, Luís Vicente construiu um espaço próprio no Jazz europeu, fruto de um trabalho incansável no estabelecimento de pontes internacionais: em França, nos Países Baixos, na Polónia, na Áustria e no Reino Unido. Esse labor permitiu-lhe ser presença constante em concertos, festivais e residências artísticas um pouco por toda a Europa, sendo solicitado por numerosos músicos e programadores, hoje em dia perfeitamente conhecedores da sua singularidade enquanto instrumentista e do seu perfil enquanto ser humano.

Não surpreenderá, portanto, que o vejamos, nesta edição dos Encontros, lado a lado com dois dos mais respeitados músicos da cena jazzística: o venerável contrabaixista William Parker e o notável baterista britânico Mark Sanders.

 

Bilheteira

10,00€ | Normal

8,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, desempregado, profissional das artes e do espectáculo

 

João Mortágua AXES | Quinta - 19 de Outubro, 21h30 | Salão Brazil 

Orè | Sexta - 20 de Outubro, 18h00 | República Solar dos Kapängas

Per Zanussi com Vestnorske Jazzensemble | Sexta - 20 de Outubro, 22h00 | Salão Brazil

Lotte Anker & Gabriel Ferrandini | Sábado - 21 de Outubro, 18h00 | Centro de Artes Visuais

 

O último fim de semana do Festival Jazz ao Centro reserva espaço para quatro concertos. Na noite de quinta-feira, dia 19 de Outubro, o sexteto AXES de João Mortágua sobe ao palco do Salão Brazil para apresentar o seu novíssimo disco “Hexagon”, e para ajudar à celebração do 11º aniversário da casa sob a gestão do Jazz ao Centro Clube. Com o saxofonista e compositor residente em Coimbra, estarão Tomás Marques (saxofone alto), Hugo Ciríaco (saxofone tenor), Rui Teixeira (saxofone barítono), Filipe Louro (baixo eléctrico) e Pedro Vasconcelos (bateria). Na sexta-feira, dia 20 de Outubro, a República Solar dos Kapängas recebe o projeto Orè que junta, sob a liderança do contrabaixista brasileiro Pedro Ivo Ferreira, o saxofonista português José Soares, o guitarrista uruguaio Miguel Petruccelli, José e o holandês Onno Govaert. A juntar à relevância deste grupo multi-nacional baseado nos Países Baixos, pretende-se chamar a atenção para a fragilidade da situação atual das Repúblicas, que alguns casos, como o da República Solar dos Kapängas, ameaça a sua própria continuidade. Todas as receitas de bilheteira revertem para o fundo de apoio jurídico da Associação Solar dos Kapängas. À noite, o festival transfere-se do alto do Santo António dos Olivais para a Baixa de Coimbra, onde actuam Per Zanussi com Vestnorske Jazzensemble. O contrabaixista e compositor Per Zanussi faz acompanhar por um ensemble de 11 músicos formado por Kjetil Møster, Heidi Kvelvane, Elisabeth Lid Trøen e Kristoffer Alberts (saxofones), Didrik Ingvaldsen, Simen Kiil Halvorsen (trompetes), Thomas Dahl  (guitarra), Gro Austgulen (violino), John Derek Bishop (electrónica) Børge Fjordheim e Øyvind Skarbø (bateria e percussão). Para o final, no dia 21 de Outubro, está previsto um único concerto, a ter lugar no Centro de Artes Visuais. A música estará a cargo do duo Lotte Anker & Gabriel Ferrandini que encerram em Coimbra uma semana de trabalho de criação (a convite do Teatro do Bairro Alto, em Lisboa).

 

 

AXES de João Mortágua

João Mortágua composição e saxofone soprano

Tomás Marques saxofone alto

Hugo Ciríaco saxofone tenor

Rui Teixeira saxofone barítono

Filipe Louro baixo eléctrico

Pedro Vasconcelos bateria

Constituindo ao longo dos últimos anos um dos principais focos criativos do saxofonista João Mortágua, este sexteto editou o seu álbum de estreia em Junho de 2017, afirmando desde logo uma estética composicional arrojada, transversal e ecléctica.

Depois de actuarem em festivais como o Spring On! (Casa da Música), 8º Festival Porta Jazz (Rivoli), KM.251 (Ponferrada) ou o Internationales Jazz Festival (Muenster), marcaram ainda presença nos festivais de jazz de Sudtirol e de Belgrado, para além do Angra Jazz e do festival Antena2.

Em "Hexagon", que saiu em Junho de 2023, Mortágua dá definitivamente um passo em frente na história da banda, erguendo sobre os seus alicerces identitários toda uma nova construção geométrica, baseada na narrativa dos ângulos e dos polígonos. Partindo dessa premissa arquitectónica, a música deste novo álbum revela-se firme e impactante, buscando no equilíbrio entre a força e a emotividade o ónus do seu significado: uma permanente construção conjunta sobre a tela em branco que é a nossa passagem por este mundo.

Bilheteira

8,00€ | Normal

6,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, desempregado, profissional das artes e do espectáculo

 

 

Orè

Pedro Ivo Ferreira contrabaixo e composição

José Soares saxofone alto

Miguel Petruccelli guitarra

Onno Govaert bateria

 

O Quarteto Orè, formado por Pedro Ivo Ferreira em 2021, é um grupo musical que explora a rica tapeçaria de ritmos e melodias do nordeste brasileiro, combinando-os com improvisação livre.

Com membros de quatro nacionalidades diferentes - Pedro Ivo Ferreira (Brasil), Miguel Petruccelli (Uruguai), José Soares (Portugal) e Onno Govaert (Holanda) - a banda cria uma paisagem sonora, capturando a simplicidade do sertão brasileiro e a espontaneidade da música improvisada.

A música é uma fusão cativante de influências culturais, resultando numa experiência musical autêntica e envolvente.

Bilheteira

Contribuição voluntária cujas receitas reverterão, na sua totalidade, para o fundo de apoio jurídico da Associação Solar dos Kapängas.

Em bol.pt, a contribuição sugerida será de 10,00€ ou 5,00€. No próprio dia, na bilheteira local, o público interessado poderá contribuir com o valor ao alcance das suas possibilidades

 

 

Per Zanussi com Vestnorske Jazzensemble

Per Zanussi contrabaixo e composição

Kjetil Møster, Heidi Kvelvane, Elisabeth Lid Trøen e Kristoffer Alberts saxofones

Didrik Ingvaldsen, Simen Kiil Halvorsen trompetes

Thomas Dahl guitarra

Gro Austgulen violino

John Derek Bishop electrónica

Børge Fjordheim e Øyvind Skarbø bateria

 

"Li and the Infinite Game" peça composta por Per Zanussi para a Vestnorsk Jazzensemble mistura os diferentes interesses musicais do compositor numa bela, enérgica e rítmica jornada através de 10 paisagens musicais diferentes.

Nos últimos anos, a música de Zanussi para grandes ensembles tem-se centrado na composição para improvisadores que se envolvem de uma forma bastante livre, onde o som tem levado a mente para a música contemporânea. Neste trabalho para VNJE, um pouco disso ainda se pode encontrar, mas também inspiração de funk futurista, prog-Afrobeat, baladas de xamãs coreanas e free jazz norte-africano.

"Li" no título alude ao nome chinês para padrões na natureza, que há muito tem sido uma inspiração para a música de Zanussi: padrões fixos e dinâmicos, no tempo e no espaço, cíclicos, assimétricos e ordenados ao mesmo tempo. Nuvens, árvores, dunas, fluxo e caos.

A última parte do título, “The Infinite Game”, é sobre o outro aspecto importante da peça, nomeadamente a relação com os músicos de Bergen e Stavanger que se encontram e dão vida às composições. Neste encontro monta-se um “jogo infinito” onde o objectivo não é vencer, mas sim poder continuar no jogo.”

Bilheteira

10,00€ | Normal

8,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, desempregado, profissional das artes e do espectáculo

 

 

Lotte Anker & Gabriel Ferrandini

Lotte Anker saxofone tenor

Gabriel Ferrandini bateria e percussão

A saxofonista dinamarquesa Lotte Anker e o baterista português Gabriel Ferrandini encontram-se, a convite do teatro do Teatro do Bairro Alto para uma residência artística que culminará num concerto, no dia que antecede este espectáculo no Festival Jazz ao Centro.

Lotte Anker conta com uma carreira sólida que se estende por quatro décadas. Manteve, ao longo de todo este período uma diversidade enorme de projectos colaborativos, desde o quarteto dividido com Mette Petersen (expandido para quinteto com a inclusão de Nils-Petter Molvær), passando pelo Copenhagen Art Ensemble (que co-liderou juntamente com o compositor e trombonista Tire Larsen), os fantásticos trios com Marilyn Crispell e a Marilyn Mazur e, já neste século, com o pianista Craig Taborn e o baterista Gerald Cleaver. Também manteve projetos colaborativos com Fred Frith, Tim Berne, Ikue Mari, Sylvie Courvoisier. Tom Rainey e Phil Minton, entre muitos outros.

Por sua vez, Ferrandini tem mantido uma intensa actividade na escrita para as artes de palco, quer a convite de encenadores como Tiago Rodrigues, quer arriscando mesmo ele próprio em criações como Rosa. Espinho. Dureza (com o actor Frederico Barata). Na música, abriu novos caminhos com o disco Hair of the Dog e o espectáculo a solo Casino.

Bilheteira

10,00€ | Normal

8,00€ | Descontos < 25, estudante, > 65, desempregado, profissional das artes e do espectáculo

 

 

 

Programação Paralela

O Festival terá também uma programação dedicada ao público infantil com o espectáculo “O Jazz é Fixe!” e os jovens estudantes do Curso Profissional de Instrumentista de Jazz da Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra apresentarão o seu trabalho no contexto do Festival, assim como para o djset de Rui Miguel Abreu. 

 

Os bilhetes do Festival Jazz ao Centro - Encontros internacionais de Jazz de Coimbra já estão à venda, nos locais habituais, sendo que os seus preços variam entre os 6 e os 15 euros.

 

 

BILHETES
Lantana; Lakecia Benjamin; Mário Costa; Luís Vicente, William Parker & Mark Sanders; João Mortágua Axes; Per Zanussi com Vestnorsk Jazzensemble e Lotte Anker e Gabriel Ferrandini

 

BILHETES 
Sven-Åke Johansson & Jan Jelinek; Chão Maior

 

BILHETES 
Lívia & Fred

 

Sobre o Festival Jazz ao Centro

O concerto inaugural do Festival Jazz ao Centro - Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra teve lugar a 18 de Janeiro de 2003, numa altura em que Coimbra se preparava para lançar o programa que a celebrava como Capital Nacional da Cultura. Foi o culminar dos esforços de um conjunto alargado de pessoas que, em várias reuniões, traçaram as linhas gerais do que viria a ser o festival, tendo servido, também, para impulsionar a criação da Associação Cultural que o viria a organizar futuramente: o Jazz ao Centro Clube.

O Jazz ao Centro - ou os “Encontros” (como muitos lhe chamam) - conheceu vários modelos, sendo que o formato que conhecemos hoje em dia só surgiu no último terço da vida do Festival, quando em 2016 se passou a realizar em Outubro.

Independentemente dos formatos, há um conjunto de características que se mantiveram inalteradas e entre as quais convém destacar, por um lado, o lugar privilegiado da criação, tendo sido editados e gravados mais de 20 discos no seu contexto (em editoras como a Clean Feed, a Cipsela e a JACC Records) e, por outro, a visão heterodoxa que permite abrir espaço a “todos os jazzes”, dos mais devedores da tradição até aos que desafiam as fronteiras do género.

 

Mais informação:

_ FICHA TÉCNICA

Direcção Artística: José Miguel Pereira
Direcção Técnica: João P. Miranda
Direcção de ProduçãoAdriana Ávila
Assessoria de imprensa: Alexandra Neto Ferreira
Redes Sociais: Adelaide Martins
Design Gráfico: Joana Monteiro
Fotografia: João Duarte
Co-Organização: Câmara Municipal de Coimbra & Associação Jazz ao Centro