Atelier dos Brinquedos acolhe exposição "Voltas e Reviravoltas" de Paula Gibert Roset

Atelier dos Brinquedos acolhe exposição "Voltas e Reviravoltas" de Paula Gibert Roset
Foto: DR

Voltas e Reviravoltas, exposição de Paula Gibert Roset, vai estar patente no Atelier dos Brinquedos, em Torres Vedras, entre os próximos dias 11 de Julho e 12 de Outubro.

 

Nessa exposição os caminhos não são traçados nem a direito - são tecidos, torcidos e inventados. Inspiradas nos jogos de infância - aqueles onde se seguem linhas, inventam-se regras e criam-se mundos -, as obras de Voltas e Reviravoltas, feitas em tecido com a técnica do tufting, propõem percursos que se percorrem com o corpo, e com a imaginação. Esses labirintos têxteis destacam o jogo como uma prática que vai além do simples entretenimento, sendo um espaço de criação de sentido, de socialização e de resistência.

 

De referir, a este propósito, que jogar é uma forma de expressão que permite, tanto a crianças como a adultos, explorar identidades, desafiar normas sociais e construir significados colectivos.

 

Cada obra de Voltas e Reviravoltas é, por isso, mais do que um objecto: é um lugar. Um lugar onde se entra, se permanece, se brinca. Um território de amizade, de liberdade e de descoberta. Onde se pode procurar a saída, imaginar caminhos, soluções diversas e finais felizes. Mas talvez, ao se percorrer os trabalhos da exposição, esses labirintos tecidos, se perceba que não há pressa em sair. Que é talvez melhor ficar, encantados, a brincar dentro do próprio labirinto. Porque é aí, no meio das voltas e reviravoltas, que nascem os encontros, a surpresa, a amizade. E talvez o mais importante não seja encontrar a saída, mas descobrir o que acontece, enquanto se anda às voltas.

 

 Sobre a artista por de trás da exposição:

Paula Gibert Roset (1996, Besalú, Espanha) é licenciada em Belas Artes pela Universidade de Barcelona, técnica em Cerâmica Criativa pelo CENCAL e mestre em Design Gráfico pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, cidade onde vive e trabalha.

Um dos eixos centrais da prática artística de Paula Gibert, que se concretiza em publicações, instalações e objectos realizados com materiais diversos, é a construção de narrativas através do fazer manual, articulando técnicas tradicionais com abordagens contemporâneas. A sua investigação incide sobre a memória, a passagem do tempo, o território e o património, com uma atenção especial às vivências colectivas e às formas como estas moldam identidades e paisagens. A sua metodologia recorre ao lúdico e à intuição como ferramentas de investigação não hegemónicas, que permitem a criação de espaços de liberdade afastados das lógicas produtivistas.