FMM Sines celebra 25 edições com música de 34 países

O FMM Sines - Festival Músicas do Mundo comemora até 26 de Julho de 2025 a sua 25.ª edição. O programa musical é composto por 49 concertos de artistas de quatro continentes. Youssou N'Dour, Julieta Venegas, Rokia Traoré, 47Soul, Orchestra Baobab e The Mystery of the Bulgarian Voices são alguns dos nomes consagrados da música mundial com lugar marcado no FMM Sines 2025.
Nação Zumbi, Lena d'Água, Ana Lua Caiano, Bonga, Capicua, Bia Ferreira e Roberto Chitsonzo, entre outros, garantem a representação dos países de língua portuguesa no alinhamento desta edição do festival. O artista jamaicano Max Romeo, que estava programado para o festival, mas faleceu em Abril, será homenageado num concerto de tributo.
Em 2025, estão programados artistas originários de 34 países, com as estreias da Bolívia, Gabão, Guatemala, Jordânia, Indonésia (Java) e um estado em busca de reconhecimento, a Somalilândia. Mais uma vez, a música começa na aldeia de Porto Covo, onde o festival permanece nos 21 a 26 de Julho, para a cidade de Sines.
Os bilhetes para os concertos nocturnos no Castelo (de 23 a 26 de Julho) encontram-se à venda, sendo mais de 60% dos concertos de entrada livre.
Uma grande viagem
Na comemoração da sua 25.ª edição, o FMM Sines volta a ser uma grande viagem, com alguns regressos e muitos artistas que pisam pela primeira vez os seus palcos.
África tem, novamente, forte representação. Da costa oeste do continente, o festival recebe duas lendas do Senegal (Youssou N'Dour e Orchestra Baobab), uma estrela da música maliana (Rokia Traoré), uma voz do Gabão (Pamela Badjogo) e a música sempre original da República Democrática do Congo (Article15). Do sul e leste de África chegam uma banda do Zimbabué (Mokoomba) e uma voz pelo reconhecimento da Somalilândia (Sahra Halgan).
Os países africanos de língua portuguesa são representados por músicos veteranos (o angolano Bonga e o moçambicano Roberto Chitsonzo) e pela nova geração de Cabo Verde (Fidjus Codé di Dona e Fábio Ramos).
Passando às Américas, teremos, do Brasil, um grupo histórico do movimento Mangue (Nação Zumbi), a "artivista" Bia Ferreira e a guitarrista Gabriele Leite. Também das Américas, vêm ao FMM Sines músicos da Colômbia (Ëda Diaz e Ácido Pantera), uma representante da cultura maia da Guatemala (Sara Curruchich) e uma das principais cantautoras mexicanas (Julieta Venegas). Max Romeo, lenda do reggae jamaicano, será homenageado num concerto de tributo.
Nesta edição, haverá também muita música interessante a chegar da Ásia, com funk indonésio (Ali), tradição modernizada do interior da China (Taiga), canto sufi da Índia (Warsi Brothers), uma cantora da Anatólia (Selin Sümbültepe) e dois representantes da Palestina (o MC Tamer Nafar e a banda 47Soul). Entrando na Europa pelo leste, está confirmada a presença do coro mais emblemático da música búlgara - The Mystery of the Bulgarian Voices -, acompanhado por um quarteto de cordas.
Dos países nórdicos, veremos o encontro entre o saxofonista sueco Mats Gustafsson e o acordeonista finlandês Kimmo Pohjonen. Do lado ocidental da Europa, com muita presença da diáspora, o festival recebe jazz multicultural londrino (Kokoroko), ska neerlandês (Bazzookas), o solo de um artista belga nascido na Bolívia (Susobrino), uma banda franco-marroquina (Zar Electrik) e um artista francês com raízes norte-americanas (Mick Strauss).
Ainda da Europa ocidental, o festival recebe mais duas bandas francesas (a música psicadélica de Tago Mago e o synth-folk de Ko Shin Moon), um cantor alternativo suíço de origens marroquinas (Sami Galbi) e dois nomes da música da região italiana da Apúlia (a cantora Maria Mazzotta e a banda Kalàscima). De Espanha, chega folclore da região de Múrcia (Maestro Espada), dois grupos galegos (A Pedreira e Zeltia Irevire) e uma cantora catalã com raízes andaluzas (Queralt Lahoz).
Portugal no FMM volta a ser diverso, com a rainha da pop nacional (Lena D'Água), uma inovadora da música popular (Ana Lua Caiano), o novo espectáculo de Capicua ("Um gelado antes do fim do mundo"), um projecto de percussão (Bateu Matou) e uma banda revelação (Miss Universo). Há ainda espaço no alinhamento para artistas que ligam Portugal ao Brasil (Luca Argel), a Cabo Verde (Fidju Kitxora) e à Guiné-Bissau (Umafricana).
Para além dos concertos
Além dos concertos, o FMM Sines estende a sua oferta às outras artes e sai dos recintos da música para conhecer o meio. A reflexão também tem o seu papel num programa de iniciativas paralelas em que as crianças e famílias são destinatários privilegiados, mas não os únicos.
No campo das exposições, temos este ano “Balumuka! - Narrativa poética da liberação... ou ainda, Rebelião Poética Kaluanda”, dedicada às culturas contemporâneas de Angola. É uma produção da Kizenji e da KinoYetu, com curadoria de Kiluanji Kia Henda e André Cunha.
A segunda exposição integrada no programa é FIGURE OUT [Personagens de Literatura] Capítulo II, de Ana Baleia, projecto de esculturas têxteis que representam figuras saídas das páginas dos livros.
Em mais uma edição do projecto de divulgação científica Entremarés, o público tem a oportunidade de conhecer a riqueza do mar de Sines, com actividades pedagógicas organizadas pela Universidade de Évora (Escola de Ciências e Tecnologia - Laboratório de Ciências do Mar - CIEMAR) e pelo MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente. O Pátio das Artes acolhe dois debates, um sobre o tema "A Imigração e os Seus Vieses" e outro sobre o tema "Música: Libertação e Independência".
No mesmo local, realizam-se dois ateliês de cozinha nepalesa, já esgotados.
Rosa Gonçalves orienta uma oficina de adufe e canto tradicional para crianças a partir dos 7 anos e participa no programa de narração oral do festival, Contos de Tantos Mundos, onde também figuram os nomes de Benita Prieto, Estefânia Surreira e Ana Sofia Paiva.
Um dos clássicos do programa paralelo do FMM, os ateliês infantis com músicos do FMM, chegam no dia 23 de Julho e prolongam-se até ao dia 26. A iniciativa "O Outro FMM", para crianças e famílias, leva o público a conhecer os bastidores do Castelo.
Os bebés também têm uma iniciativa agendada, o espectáculo "Nana pelo Mundo", pela Pedra Papel.
A Feira do Disco, do Livro e do Cartaz, com os parceiros Compact Records, Tradisom e O Homem do Saco, realiza-se este ano nas instalações da Escola das Artes do Alentejo Litoral, local onde será apresentado o livro "Carlos Paredes - A Guitarra de um Povo", de Octávio Fonseca. Durante o festival será também apresentado o livro "Chuva de Jasmim", de Shahd Wadi, poeta palestina a viver em Portugal.
Nas lojas do festival, estarão disponíveis o livro comemorativo dos 25 anos do evento – “Espírito de Aventura: Uma História do FMM Sines” – e um disco em vinil também comemorativo do aniversário.
Sobre o FMM Sines
O FMM Sines - Festival Músicas do Mundo é um festival de música realizado desde 1999 no concelho de Sines, Costa Alentejana. Adoptando "Música com espírito de aventura" como assinatura, define-se por uma programação universalista apresentada em cenários históricos e urbanos, próximos de uma costa com paisagem protegida.
O FMM Sines venceu o prémio EFFE Award 2017, atribuído pela European Festivals Association. Entre 2016 e 2024, recebeu 14 prémios Iberian Festival Awards, oito ibéricos e seis nacionais. O FMM Sines é organizado pela Câmara Municipal de Sines. A Galp é o patrocinador principal.
Patrocinam também o evento, entre outras entidades, a Repsol, a GTC-FCar, a Litoral Motors, a Caixa Agrícola Costa Azul, a aicep Global Parques, a Administração do Porto de Sines, a PSA Sines, a Botelhos e a Autocharrete. A Turismo do Alentejo, ERT, apoia a divulgação.
Para informações sobre bilhetes e entradas AQUI