Forte de São Clemente

São vários os nomes pelos quais este forte pode ser chamado, Forte de São Clemente, Castelo de Vila Nova de Milfontes ou apenas Forte de Milfontes.
Situado em terreno alentejano, foi construído com o intuito de defender a população de Odemira de ataques de piratas e proteger a foz do Rio Mira, um local de grande importância para a navegação marítima e fluvial, devido à sua localização e boas condições de atracagem. Para além de também ser o único porto entre a faixa costeira entre o Cabo de São Vicente e Sines.
Assim como a maioria das fortificações existentes a sua planta seguia uma forma poligonal, similar a um quadrado, estando dividida por duas plataformas a níveis desiguais que abrigavam dois baluartes (elementos de defesa), cada um virado para zonas opostas. Um para a foz e outro para a vila.
A construção original do baluarte virado para o rio, tinha uma um formato arredondado, sendo anos mais tarde modificado criando paredes com arestas vivas, nos finais do século XVII. O lado virado para a população era constituído por um terrapleno. As muralhas dos forte eram protegidas por um fosso que regularmente era preenchido pela água do rio.
O interior da fortificação era dividido em dois andares. A parte superior do edifício era ocupada pela Casa de Comando, que antes de ser substituída por um telhado, contava com um terraço que era utilizado por mosqueteiros. O inferior abrigava os quartéis das tropas e armazéns, assim como uma Capela.
Em meados do século XIX o Forte de São Clemente perde as suas funções militares, passando a ser classificado, em 1978, Imóvel de Interesse Público.