Castelo de Almourol - Vila Nova da Barquinha

Castelo de Almourol - Vila Nova da Barquinha
Fotografia: Revista Descla

No meio das águas do Tejo, o Castelo de Almourol é um dos castelos mais enigmáticos da Reconquista Cristã. Situado numa ilha pequena é conhecido pelo seu significado e área envolvente. Este castelo, juntamente com os castelos de Tomar, do Zêzere e da Cardiga formava, nos tempos dos nossos antepassados, a linha defensiva do Rio Tejo.

A sua história relembra a Reconquista do território nos tempos da Idade Média. Quando os cristãos e o Rei D. Afonso Henriques chegaram ao local em 1129, o castelo já existia com o nome de Almorolan. Após conquistarem o monumento aos muçulmanos, o Rei iniciou obras de reconstrução na Fortaleza de Almourol que duraram até 1171. O terramoto de 1755 provocou diversos estragos na estrutura e durante o século seguinte foi alvo de alterações.

Construído num afloramento de granito a 18 metros acima do nível das águas, constitui um dos exemplos mais representativos da arquictetura militar da época, evocando os primórdios do nosso Reino e a Ordem dos Templários, associação que lhe reforça a aura de mistério e romantismo. Actualmente, é possível visitar o Castelo de Almourol e realizar um passeio no rio Tejo, acrescentando valor e interesse às visitas do Monumento.

Uma das lendas deste castelo é a de D. Ramiro, um cavaleiro cristão, que regressava de combates contra os muçulmanos quando encontrou duas jovens mouras. Enfurecido por elas não terem água para ele beber, tirou-lhes a vida. Quando surgiu um jovem mouro, filho e irmão das vítimas, foi aprisionado. D. Ramiro levou o jovem para o seu castelo, onde vivia com a própria esposa e filha. Correspondido pela filha do cavaleiro, os apaixonados deixaram o castelo e desapareceram para sempre. Reza a lenda que, nas noites de São João, o casal pode ser visto abraçado no alto da torre de menagem e, a seus pés, implorando perdão, o cruel D. Ramiro.

Durante os tempos do Estado Novo tornou-se a Residência Oficial da República Portuguesa. Está classificado como Monumento Nacional e merece, seguramente, uma visita pela sua localização e vista magnífica.