A Ilha de Tavira

A Ilha de Tavira
Fotografia cedida por: Municipio de Tavira

Pela cidade de Tavira encontramos um dos mais fantásticos locais do litoral algarvio, a Ilha de Tavira. O acesso apenas pode ser feito de barco, através das estações de Quatro Águas ou do centro da cidade. O caminho até ao cais de Quatro Águas acompanha o rio Gilão e assume-se como um prefácio da beleza natural que a ilha possui, marcado por salinas e pequenos charcos habitados por aves.

A praia é deslumbrante, possui um areal imenso, as águas são tranquilas e temperadas, e a zona concessionada possui estruturas de apoio tais, como bares e restaurantes. Existe ainda um parque de campismo para quem quiser desfrutar do espaço por vários dias, sem ter que voltar à cidade. A ilha é um destino de eleição para famílias, é frequente encontrar o areal preenchido por turistas de várias nacionalidades, especialmente durante a época balnear, quando a afluência ao local é considerável.

A beleza selvagem

A praia estende-se por 7 quilómetros ao longo da costa, uma caminhada de alguns minutos ao longo do areal e rapidamente deixamos para trás a zona mais humanizada. A ilha mostra agora o seu lado mais selvagem, mais puro e mais belo. O ar que por aqui se respira combina harmoniosamente o cheiro de mar com o aroma da área de pinhal próxima, as dunas invadidas de vegetação selvagem criaram uma barreira natural entre a praia e a pequena mata de pinheiro manso. O camaleão é a principal habitante da mata e uma das atrações do espaço, este pequeno reptil é uma espécie protegida que apenas existe no Algarve.

A praia está agora mais deserta, a presença humana é escassa e resume-se a alguns pescadores e aos poucos veraneantes que escolhem caminhar até esta zona. A paz reina e a atmosfera fantástica permite momentos únicos de descontração. As águas límpidas e o areal imenso parecem agora não ter fim, para os amantes da natureza poucas praias no Algarve oferecem esta sensação. Não há bares de apoio nem nada do género, mas ninguém por aqui sente a falta disso. Não há vendedores ambulantes nem espreguiçadeiras de plástico alinhadas no areal, mas mais uma vez, quem precisa disso?